O que eu estou querendo saber é como podemos relaçionar o artigo 5° da constituição federal de 1988 com a revolução francesa.
Diones, a Revolução Francesa em resumo, para irmos direto ao que pretendes, teve inicio no período do absolutismo, onde predominava ainda a monarquia. A camada de Terceiro Estado(povo) sustentava o Segundo Estado(nobreza) e o Primeiro Estado(clero), através dos impostos cobrados pelo rei, sendo que os dois primeiros Estados não pagavam impostos por ser privilegiados.
Fazendo o nexo com a Constituição, em 14 de julho de 1789 tivemos a revolta contra o absolutismo cujo objetivo era a "liberdade, igualdade e fraternidade", buscando entre diversos motivos, a liberdade e a conservação dos Direitos Humanos, tanto que em 16 de agosto do mesmo ano tivemos a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Note que não apenas a nossa, mas diversas Constituições buscam o respeito aos Direitos Humanos e fundamentais do cidadão, a nossa em especial trata a respeito dos direitos fundamentais, separação dos poderes(Art. 1º à 4º), sobre as garantias dos cidadões(Art. 5º ao 17º) e não esquecendo é claro das crianças e adolescentes(Art. 225º ao 230º).
Espero ter lhe ajudado a esclarecer esse ponto!
Se eu tivesse que resumir o texto que se segue em uma única frase que respondesse a pergunta:
Qual a influencia da revolução francesa para nossa constituição de acordo com o artigo 5°?
Diria que a principal influência foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Mas ampliando a resposta e citando os princípios: Igualdade, Liberdade e Fraternidade; segue abaixo os seguintes textos com as suas respectivas fontes de consulta:
Um dos principais articuladores da Revolução Francesa foi Robespierre, líder dos jacobinos e um dos principais oradores da Assembléia Nacional Constituinte, um defensor convicto do sufrágio universal e a igualdade de direitos. Para ele, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada na primeira fase da Revolução Francesa como documento aprovado pela Assembléia Nacional Constituinte, deveria reger todos os povos. Este documento efetivava uma ruptura na política francesa, e dispunha de dezessete artigos e um preâmbulo, comprometidos em estabelecer princípios até hoje conhecidos, que funcionaram como pontapé inicial na elaboração das constituições ocidentais.
O primeiro dos princípios era o estabelecimento de limites ao uso da propriedade privada, porque esta, segundo Robespierre, não cumpria seu papel social quando utilizada em benefício próprio dos ricos, tirava dos demais cidadãos o direito à propriedade. Na Declaração, consta em seu Art. I que “a propriedade é o direito que cada cidadão tem de usufruir e dispor da porção de bens que lhe é garantida por lei. (...) III. O direito de propriedade é limitado, como todos os outros, pela obrigação de respeitar os direitos de outrem”. Um exemplo de limitação da propriedade pelo Estado na Constituição brasileira é a hipótese de desapropriação dos imóveis rurais quando estes não cumprem sua função (Art. 184). O direito à propriedade privada é regulado na Constituição também no Art. 5º, em seus incisos XXII e XXIII: é garantido o direito de propriedade; a propriedade atenderá a sua função social.
A Democracia, à vontade da maioria. Foi esta que estabeleceu os princípios iluministas que prevalecem (uns mais outros menos) até hoje, e estão insculpidos na Constituição Federal de 1988. O princípio do Estado Democrático de Direito, é a base para toda uma sociedade, sendo que os principais direitos de um cidadão advêm deste, a saber: à igualdade, à liberdade, à propriedade, à segurança, e à vida.
Os direitos dos quais nos referimos acima, em essência, são provenientes dos mesmos princípios que representaram a Revolução Francesa e muito antes o Iluminismo: igualdade, liberdade e fraternidade. Princípios iluministas em sua origem mais remota.
O primeiro e o mais importante, sendo que apóia todos os demais é o Princípio da Igualdade (...).
Na Constituição da República do Brasil, encontra-se tal princípio na conclusão que se chega, da análise e interpretação do artigo 5°, incisos LIII, LIV, LV, LVI, LVII, e LVIII.
A igualdade acima de qualquer coisa, paridade de direitos entre os cidadãos. In verbis, transcreve-se o caput para aclarar a expressão máxima deste princípio em nosso ordenamento:
“Art. 5° Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:...”.
O segundo princípio iluminista a que nos referimos é o da Liberdade. Da mesma forma que o da igualdade, expresso no art. 5° da Constituição Federal de 1988.
Decorrência do princípio da liberdade dos cidadãos é o Princípio da Legalidade, expresso no art. 5°, II, da Constituição Federal, que dispõe:
Art. 5° (...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Quanto ao terceiro princípio, à Fraternidade, é encontrado o mesmode forma implícita na Constituição Federal, em seu 5° Artigo, nos incisos: III, VII, XXIII, XXIV, XXVI, XL, XLI, XL, XLVII, LXII, LXXIV, e LXXVII.
São diversos os aspectos do Princípio da Fraternidade em nossa Norma Ápice. E que de certa forma, até auxilia os já citados – Igualdade e Liberdade - a serem observados.
Fraternidade esta que se substância com o amor ao próximo, orespeito e a dignidade para com o ser humano; “nasceram” assim, os Direitos Humanos.
Bons estudos!
FONTES NA INTERNET:
♦ http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/15272-15273-1-PB.pdf
Para responder a esta pergunta é necessário colocar em prática nosso conhecimento sobre Teoria do Direito I.
A relação da Revolução Francesa com o artigo 5° da constituição é a garantia dos direitos dos cidadãos no meio social, político e econômico. Um exemplo é cobrança de impostos que foi uma das maiores conquistas na Revolução Francesa, impedindo que governantes excedessem na cobrança de impostos.
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