O erro é quando a pessoa tem uma falsa percepção sobre a coisa. Sua característca é que a pessoa acha que é uma coisa, está convencida daquilo, per si só, mas não é. A doutrina traz o exemplo do relógico que você compra achando que é de ouro, mas não é. O vendedor não disse que não era. A cor era dourada e você compra achando que era de ouro.
Defeito ou vício do negócio jurídico ocorre quando há determinada imperfeição, de consentimento ou social, que macule a livre e desembaraçada declaração da vontade ou que busque lesar terceiros, o que pode gerar anulação do negócio jurídico celebrado, desde que requerida pela parte interessada, no prazo decadencial de 4 anos, a contar dos fatos previstos no art. 178, I e II, do CC:
"Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;"
Os vícios ou defeitos dos negócios jurídicos estão regulados entre os arts. 138 e 165, do CC e podem ser de consentimento ou sociais.
1) Vícios de consentimento: erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão;
2) Vícios sociais: fraude contra credores.
Do erro ou ignorância:
Ocorrerá quando "as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio." (art. 138, do CC). Devemos destacar que o erro é uma falha na percepção daquele que realiza o negócio jurídico, não sendo induzido ou ludibriado por qualquer pessoa.
A Lei Civil traz, ainda o que se chama erro essencial ou substancial (art. 139, do CC):
"Art. 139. O erro é substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico."
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