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Descreva a Doença de Parkinson e o Alzheimer e seus sintomas?

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Sarah Stelzel

Também conhecida por “esclerose” e “caduquice”. A Doença ou Mal de Alzheimer é uma enfermidade incurável, de caráter neurodegenerativo; agravando-se ao longo do tempo, contudo há tratamento.

A maioria de seus pacientes são pessoas idosas. A doença tem início com demência (principal causa) e/ou perda das funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), devido à morte das células cerebrais, o que faz reduzir a capacidade de realizar trabalho, ter relações sociais, interferindo no comportamento e na personalidade.

 
Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil há cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e 6% destes sofrem de Alzheimer. Nos EUA é a quarta doença que mais mata pessoas idosas entre 75 e 80 anos, perdendo apenas para o infarto, o derrame e o câncer.

Como identificar? Quais são os sintomas do Mal de Alzheimer?

O paciente com Alzheimer começa perdendo as funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho, de relação social e os sintomas interferem no comportamento e na personalidade.

Inicialmente, o paciente perde sua memória mais recente, podendo até lembrar com precisão os acontecimentos de anos atrás, mas esquecer de ações simples, como ter acabado de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, a doença causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

A manutenção do chamado “estado de alerta” é um aspecto fundamental da Doença de Alzheimer, pois o estado de consciência é reduzido. O paciente responde aos estímulos internos e externos, mas pode responder mal ou errado, mesmo estando de “olho aberto”, acompanhando as pessoas e tudo o que acontece à sua volta.

Os sintomas, em geral, são associados ao envelhecimento. E mesmo com uma aparência saudável, os portadores do Mal de Alzheimer precisam de assistência ao longo do dia.

 
 

O quadro da doença evolui rapidamente, em média, por um período de cinco a dez anos, fase na qual a maioria dos pacientes chegam a morrer.

Qual profissional devo procurar? Qual o diagnóstico?

O neurologista ou o geriatra (médico de idosos). É preciso cuidado e atenção com os comportamentos e sintomas da pessoa idosa, pois a família, muitas vezes, acaba desconsiderando a doença porque assimila os sintomas à idade avançada da pessoa. Por isto também a dificuldade em fazer o diagnóstico.

Ao notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador costuma tentar escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo fora do comum, deverá encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima, mesmo que a unidade não tenha um geriatra ou um neurologista, outro profissional poderá atendê-la.

É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença, não é porque a pessoa está mais velha que não vai mais se lembrar do que é importante. Doenças como a hipertensão (que dificulta a oxigenação do cérebro), também podem ocasionar a falta de memória e demais sintomas de demências. Ainda, o hipotireoidismo pode provocar demências, para as quais há tratamento.

O que causa o Mal de Alzheimer?

Suas causas ainda são desconhecidas, mas algumas lesões cerebrais características desta doença são conhecidas, deixando fortes marcas no paciente. As duas principais alterações que se apresentam são: as placas senis, decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida; e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau.

Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.

 

Estudos recentes têm demonstrado que estas alterações cerebrais já estariam instaladas antes do aparecimento de sintomas demenciais. Por isso, quando aparecem as manifestações clínicas que permitem o estabelecimento do diagnóstico, entende-se que a fase demencial da doença já esteja iniciada.

As perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea, as áreas comuns mais atingidas são as de células nervosas (neurônios), responsáveis pela memória e pelas funções executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas. Posteriormente, outras áreas tendem a ser atingidas, ampliando as perdas.

 

Estudos dos mais variados indicam que a influência genética pode representar de 1 a 5% dos casos da doença; há relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Estudos apontam alguns aspectos como fatores importantes para o desenvolvimento da doença, são eles:

  • Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.
  • Aspectos infecciosos: infecções cerebrais e da medula espinhal.
  • Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.

Quais os tipos do Mal de Alzheimer?

Esta doença pode ser classificada em dois tipos:

Início tardio

Refere-se aos casos nos quais as pessoas manifestam os sintomas com 65 anos ou mais de idade, sendo os casos mais frequentes.

Os riscos parecem ser maiores quando o indivíduo têm parentes de primeiro grau, como pai ou mãe que já teve a doença, porém, muitos não chegam a desenvolver, mesmo assim.

 

Início precoce

Caracteriza-se pelos casos de pessoas que manifestam os primeiros sinais da doença antes dos 65 anos, estando diretamente relacionados a genes que sofreram mutações e que causam alterações em proteínas por eles produzidas, levando as pessoas a apresentarem os sintomas mais cedo.

Esta é uma forma menos comum, porém mais grave, pois sua evolução é mais acelerada. Algumas poucas famílias parecem ter um gene que provoca a doença e que aumenta as chances de passá-la de pais para filhos como é o caso deste tipo de Mal de Alzheimer.

A doença de Alzheimer tem cura? Qual é o tratamento?

Não há cura, mas o tratamento pode auxiliar o paciente a viver melhor. No Brasil, o SUS oferece por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais, três medicamentos de tratamento são:

Os medicamentos não impedem a evolução da doença. Os indicados para a demência têm alguma utilidade no estágio inicial, podendo apenas amenizar ou retardar os efeitos do Alzheimer.

 

Os pacientes do Mal de Alzheimer podem ter tratamentos voltados para o comportamento e também tratamentos específicos, veja:

Comportamento:

Para o controle da confusão, agressividade e depressão (sintomas comuns nos idosos com demência), podem ser administrados remédios calmantes e neurolépticos, como:

 

Específicos:

Para a melhora da perda de memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro, os medicamentos mais indicados são:

Estes medicamentos podem funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária. Porém, seus efeitos podem ser temporários, porque a Doença de Alzheimer continuará progredindo. Esses remédios possuem efeitos colaterais (principalmente gástricos) que podem inviabilizar o seu uso.

E somente uma parcela dos idosos melhoram efetivamente com o uso dos anticolinesterásicos, ou seja, não resolve em todos os idosos. O medicamento “Memantina” (Ebix ou Alois), recentemente lançado, atua diferente dos anticolinesterásicos.

Ele é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA do glutamato. É mais usado na fase intermediária para a avançada do Alzheimer, melhorando, em alguns casos, a dependência do portador para as tarefas do dia a dia.

Outras medicações que podem ser indicadas pelo médico para o tratamento do Mal de Alzheimer são:

  • Alois.
  • Emama.
  • Eranz.
  • Exelon.
  • Memantina.
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Sarah Stelzel

O termo parkinsonismo se refere a um grupo de diversas doenças que apresentam sintomas em comum e que são associadas a outras manifestações neurológicas ou não. Dentre essas doenças, está a Doença de Parkinson (DP), provavelmente a mais conhecida desse grupo. Ela recebe esse nome em homenagem ao primeiro médico que descreveu a doença, em 1817, Dr. James Parkinson.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial acima de 65 anos apresenta DP. No Brasil, infelizmente não há uma estatística exata da quantidade de enfermos, mas estima-se que 200 mil pessoas sofram da doença.

O que é a Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é uma doença neurológica, degenerativa, crônica e progressiva que ocorre, em sua maioria, em pessoas acima de 65 anos. Como toda célula, os neurônios também possuem uma determinada vida útil, porém, ao contrário das demais, ela não se regenera com o passar do tempo. Isso faz com que, no caso dos pacientes de DP, o sistema nervoso sofra degeneração em uma região do cérebro chamada substância negra e, consequentemente, tenha deficiência de dopamina, neurotransmissor que possui a função de controlar os movimentos finos e coordenados das pessoas.

A doença não possui cura e nem formas de prevenção, porém com as formas de tratamento disponíveis, é possível controlar os sintomas apresentados por ela.

As causas da Doença de Parkinson

Como explicado, a doença ocorre por conta da deficiência de dopamina, causada pela degenaração dos neurônios localizados na substância negra. Até hoje não foi descoberto o motivo efetivo para esses neurônios serem afetados, mas alguns fatores podem desempenhar um papel na formação da Doença de Parkinson. Confira abaixo quais são.

Idade

A DP é uma enfermidade que acomete principalmente as pessoas que tenham 60 anos ou mais. É conhecido alguns casos da apresentação da doença em pessoas com menos de 40, ou até mesmo 20 anos, mas são muito raros.

Histórico familiar

Não é regra, mas familiares de pessoas que possuem a Doença de Parkinson tem mais chances de desenvolver a doença.

Pessoas do sexo masculino

Segundo estatísticas, a doença é mais frequente em homens do que em mulheres.

 
 

Traumas isolados ou repetitivos no crânio

Um exemplo é o da atividade que um lutador de boxe pratica. Como ele recebe diversos traumas repetitivos na região do cérebro, os neurônios dopaminérgicos, isto é, os produtores da dopamina, podem se lesionar.

Contato com agrotóxicos

Determinadas substâncias químicas podem causar a lesão neurológica que levam ao Parkinson.

O que é a substância negra

O sistema nervoso é formado por diversas células, chamadas neurônios, que estão conectadas através de sinapses ou espaços intercelulares. No caso da substância negra, esses espaços estão localizados no mesencéfalo e são constituídos por um pigmento escuro, a melanina, por isso o nome.

Os sintomas recorrentes da doença

Pode-se dividir os sintomas da Doença de Parkinson em 2 grupos: os sintomas motores e os não-motores.

Sintomas motores da Doença de Parkinson

Esses sintomas são todos relacionados a determinados movimentos realizados pelo paciente e que são, normalmente, identificados pelo próprio.

 

Tremores

O tremor típico da Doença de Parkinson é o sintoma inicial da doença em 70% dos casos. Em fases iniciais da doença, ele passa despercebido por colegas e familiares do enfermo e costuma começar em uma das mãos.

Com o passar do tempo e o avanço da DP, o tremor pode afetar outros membros da pessoa. Ele é mais recorrente quando se encontra em repouso e tem uma melhora quando o membro afetado se encontra em movimento. Essa é uma característica que distingue o tremor do Parkinson dos tremores que ocorrem em outras situações.

 

Bradicinesia

Sintoma mais incapacitante da DP, a bradicinesia é caracterizada pelos movimentos lentos e pode se apresentar em atividades simples, como abotoar uma camisa ou amarrar os sapatos.

A pessoa possui dificuldade em iniciar qualquer movimento voluntário, isto é, que possui controle sobre ele. Com o decorrer do tempo, até os passos são afetados, pois tornam-se curtos e lentos, além do enfermo se sentir desequilibrado estando em pé.

Rigidez

Com a falta de dopamina no organismo, os músculos deixam de receber a ordem para relaxar. Por isso a rigidez é constante, podendo causar até mesmo dor, pois a amplitude dos movimentos fica limitada.

Um dos sinais mais recorrentes da rigidez dos músculos é a perda do balançar dos braços quando se anda.

 

Outros sintomas motores da DP

  • Perda da expressão facial;
  • Redução do piscar de olhos;
  • Alteração na fala;
  • Aumento de salivação;
  • Visão embaçada;
  • Micrografia, isto é, a caligrafia da pessoa se altera e as letras escritas tornam-se menores;
  • Incontinência urinária.

Sintomas não-motores da Doença de Parkinson

Além dos sintomas motores apresentados pelo paciente, ele também pode vir a ter diversos sintomas não-motores de causas neurológicas, tais como:

  • Demência;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Alucinações;
  • Alterações no sono;
  • Raciocínio lento.

Como se dá o diagnóstico da DP?

Como não há a existência de um exame específico para a comprovação da Doença de Parkinson, o diagnóstico é feito a partir da análise dos sintomas, bem como do histórico médico do paciente. O médico especializado ao qual você deve recorrer é o neurologista, apenas ele poderá saber te dizer se os sinais que você apresenta são ou não referentes a DP.

Além do diagnóstico clínico, o médico poderá solicitar também alguns exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, entre outros, a fim de descartar a possibilidade de você ter outras doenças neurológicas.

Tratamento para a Doença de Parkinson

É importante entender que não há um tratamento que leve à cura da doença, mas sim um que controla os sintomas apresentados e retarda o seu progresso.

 

Como os neurônios são células que não se renovam, a única solução da medicina para com a DP foi fazer uso de medicamentos e cirurgias para o controle de seus sintomas.

Esses itens, juntamente com a fisioterapia, terapia ocupacional, terapia psicológica e fonoaudiologia, possuem um grande efeito na qualidade de vida da pessoa diagnosticada.

 

Tratamento medicamentoso

A substância ativa levodopa é a mais indicada para a amenização dos sintomas da Doença de Parkinson, pois ela se transforma em dopamina no cérebro e supre, parcialmente, a deficiência daquele neurotransmissor. São vários os medicamentos antiparkinsonianosque possuem essa substância em sua composição e você pode conferir quais são a seguir.

Nome comercial

Princípio ativo

Sinemet / Cronomet / Prolopa

Levodopa ou L-Dopa

Parlodel / Bagren

Bromocriptina

Dopergin

Lisuride

Mirapex

Pramipexol

Celance

Pergolida

Requip

Ropinirol

Akineton

Biperideno

Artane

Triexifenidil

Mantidan

Amantadina

Niar / Deprilan / Jumexil/ Elepril

Selegilina + L-Deprenil

Tasmar

Tolcapone

Comtan

Entacapone

Azilect

Rasagilina

Neupro

Rotigotina

Stalevo

Levodopa + Carbidopa + Entacapona

Trivastal Retard

Piribedil

Sifrol / Sifrol ER / Livipark / Pramipezan / Stabil

Pramipexol

É importante salientar que o Ministério da Saúde brasileiro disponibiliza determinados medicamentos para a Doença de Parkinson através de seu Sistema Único de Saúde (SUS). Esses medicamentos são divididos em dois grupos:

Medicamentos disponibilizados pelas Farmácias de Alto Custo das Secretarias Estaduais de Saúde

Medicamentos disponibilizados em postos municipais de saúde

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