O coração é dotado de um sistema especial para gerar impulsos elétricos rítmicos que causam contrações rítmicas do miocárdio conduzindo esses impulsos rapidamente por todo o coração. Quando ele funciona normalmente os átrios se contraem aproximadamente um sexto de segundo antes da contração ventricular, permitindo o enchimento dos ventrículos, antes de bombearem o sangue para os pulmões e para a circulação periférica. Outra característica desse sistema é que ele faz com que diferentes porções do ventrículo se contraiam quase que simultaneamente, o que é essencial para gerar pressão, com eficiência máxima, nas câmaras ventriculares.
Vamos relembrar o processo de eletrofisiologia do miocárdio, sendo o eletrocardiograma o registro da atividade elétrica global das fibras miocárdicas, é importante conhecer a eletrogênese da célula cardíaca, entendendo assim o funcionamento elétrico e mecânico do coração.
A célula miocárdica como todas as outras células do organismo, tem, em repouso, o meio intracelular negativo (polarizado) em relação ao meio extracelular que é positivo. Quando as células cardíacas estão em repouso (meio intracelular negativo) produz um evento mecânico conhecido como diástole, que é o relaxamento das fibras miocárdicas.
Em contrapartida, quando as células cardíacas estão despolarizadas (meio intracelular positivo) se tem a contração do músculo cardíaco, sendo chamado de sístole.
Todos esses fenômenos elétricos têm como suporte os processos bioquímicos iônicos, principalmente as concentrações intra e extracelulares dos íons K+, Na+ e Cl+. Nas células em repouso, a concentração de K+ em seu meio intracelular é maior do que no meio extracelular, onde predomina a concentração de Na+.
Essa diferença de concentração de íons entre o meio intra e extracelular é garantida por mecanismos capazes de transferir Na+ e K+. Este transporte é realizado por dois tipos de potenciais, sendo eles: Potencial Transmembrana de Repouso e Potencial Transmembrana da Ação.
O Potencial de Repouso é conseqüência da distribuição iônica entre a célula e o meio que a circunda, e da permeabilidade relativa da membrana aos principais íons do sistema. Para que exista o potencial de repouso, dois fenômenos são básicos: transporte passivo de íons (difusão) e transporte ativo de íons (Bomba Na+/K+ATP-ase).
fonte:https://www.passeidireto.com/arquivo/44201120/cardiorespiratoria-av1/2
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