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Diferencie o Princípio da Bagatela do Princípio da Adequação Social.

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Luara Borges

- O princípio da insignificância (ou da bagatela) promove a tutela somente de bens jurídicos relevantes em matéria penal.

A jurisprudência de nossos Tribunais Superiores tem fixado certos requisitos para que o aplicador do direito possa reconhecer a insignificância de determinada conduta. São eles:

a) mínima ofensividade da conduta;

b) a ausência de periculosidade social da ação;

c) o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento

d) a inexpressividade da lesão jurídica (HC 92.463 e HC 92.961 no STF e Resp 1084540 no STJ).

Ex. de caso em que se aplica o princípio da bagatela: alguém que furta um palito de fósforo.

- Já o princípio da adequação social, por sua vez, considera a prática reiterada e amplamente aceita pela sociedade de determinada conduta.

Ex. de caso em que se aplica o princípio da adequação social: furar orelhas de bebês.

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DLRV Advogados

O Princípio da Adequação Social aduz que as condutas praticadas pelo meio social não mereceriam a tipificação penal.

Segundo Welzel aput Bittencourt, "o Direito Penal tipifica somente condutas que tenham uma certa relevância social; caso contrario, não poderiam ser delitos. Deduz-se, consequentemente, que ha condutas que por sua “adequação social” não podem ser consideradas criminosas. Em outros termos, segundo esta teoria, as condutas que se consideram “socialmente adequadas” não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade."

O Princípio da Insignificância/Bagatela, aduz que o Direito Penal não deve se ocupar de assuntos irrelevantes. 

Segundo Francisco de Assis Toledo, "segundo o princípio da insignificância, que se revela por inteiro pela sua própria denominação, o direito penal, por sua natureza fragmentaria, só vai até onde seja necessário para a proteção do bem jurídico. Não deve ocupar-se de bagatelas."

O STF já se manifestou a respeito deste princípio:

"O princípio da insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal — tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material. Tal postulado – que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público."

 

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