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Em Ciências Políticas - Como funciona o sistema de portas giratórias na política?

💡 3 Respostas

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Stephanie Mazzocco

A expansão dos lobbies, a compra dos políticos, a invasão do judiciário, o controle dos sistemas de informação da sociedade e a manipulação do ensino acadêmico representam alguns dos instrumentos mais importantes da captura do poder político geral pelas grandes corporações. Mas o conjunto destes instrumentos leva em última instância a um mecanismo mais poderoso que os articula e lhe confere caráter sistêmico: a apropriação dos próprios resultados da atividade econômica, por meio do controle financeiro em pouquíssimas mãos. As dinâmicas de poder político, econômico e cultural estão sendo reorientadas, gerando uma nova configuração que se trata de estudar. É o pano de fundo de uma sociedade em busca de novos caminhos de gestão.

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Gabriel Nogueira

roubando dinheiro

 

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LR

Em política, quando o termo ‘portas-giratórias’ é posto em questão, quer se referir ao transito de gestores de cargos públicos para cargos privados, e vice-versa. Esse transito é uma prática de lobby. É importante salientar que, ao menos no Brasil, tal ação não constitui um crime pois não se exige um período de quarentena entre a demissão de um cargo e a aceitação de outro.

Em artigo para o site da Fundação Perseu, o professor Ladislau Dowbor expõe que a pratica de lobby, em especial através do mecanismo de portas giratórias corrobora para a demanda globalizante do projeto politico econômico capitaneado pelo neoliberalismo: “Lembramos aqui que os gigantes globalizados da finança, os chamados Institucional Investors constituem um grupo pequeno e seleto. Segundo o New Scientist, 66 grupos apenas geram 75% das movimentações especulativas planetárias que eram da ordem de 2,1 trilhoes de dólares por dia na véspera do agravamento da crise em 2008. É fácil imaginar o poder político que corresponde a esta capacidade de irrigar com dinheiro ou desequilibrar com fugas qualquer economia. Stigliz lembra bem que se trata de um clube de pessoas que circulam alternadamente entre Wall Street, o Departamento do Tesouro norte-americano, o FMI e o Banco Mundial. Paulson, o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, na gestão Bush, pertencia à Goldman & Sachs [grupo privado no campo financeiro mundial]. O mecanismo é familiarmente chamado de ‘porta giratória’.” (DOWBOR, 2009).

 

Referências bibliográficas:

DOWBOR, Ladislau. A crise financeira sem mistérios. Fundação Perseu Abramo, 2009 [disponível online].

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