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direito ambiental

Relativamente aos princípios gerais do direito ambiental e a suas formas de materialização, assinale a opção correta.
a.
b.
c.
d.

💡 3 Respostas

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Especialistas PD

Resposta Correta:

“De acordo com o princípio da precaução, diante de ameaças de danos sérios e irreversíveis, a falta de certeza científica não pode ser invocada como motivo para se adiarem medidas destinadas a prevenir a degradação ambiental,podendo a administração pública, com base no poder de polícia, embargar obras ou atividades.”

Dissertando sobre o princípio da precaução, Fabiano Melo explica:

“O princípio da precaução encontra-se previsto no Princípio 15 da Declaração do Rio (1992), que assim postula: “Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”.

Esse é um princípio atrelado à incerteza científica.

No princípio da precaução o que se configura é a ausência de informações ou pesquisas científicas conclusivas sobre a potencialidade e os efeitos de determinada intervenção sobre o meio ambiente e a saúde humana. Ele atua como um mecanismo de gerenciamento de riscos ambientais, notadamente para as atividades e empreendimentos marcados pela ausência de estudos e pesquisas objetivas sobre as consequências para o meio ambiente e a saúde humana.” (Direito Ambiental. 2ªed. e-book. pgs. 147-148)

 

“Em decorrência do princípio da prevenção, o empreendedor deve apresentar ao poder público estudo prévio de impacto ambiental referente a qualquer atividade que implique a utilização ou transformação de recursos naturais.”

O erro da alternativa está no em afirmar que o estudo prévio de impacto ambiental será exigido em qualquer atividade que implique a utilização ou transformação de recursos naturais.

De acordo com o inciso IV do § 1º do art. 225, incumbe ao Poder Público “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”.

Portanto, o EIA somente será cobrado em caso de atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente.

 

“O princípio da função socioambiental da propriedade autoriza o poder público a impor limites apenas ao uso de bens imóveis localizados em área rural, no que respeita à exploração de seus recursos naturais, não se aplicando, porém, tal preceito à Propriedade urbana.”

O princípio da função socioambiental incide sobre as propriedades urbanas também, conforme indica o art. 182, §2º, CF.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

 

“Consoante o princípio do poluidor-pagador, a definição dos custos de produção de determinada empresa poluidora não pode levar em consideração os custos sociais externos decorrentes de sua atividade poluente, sob pena de cometimento de infração administrativa ambiental.”

Dissertando sobre o princípio do poluidor pagador, Fabiano Melo aduz:

“É um princípio de natureza econômica, cautelar e preventiva, que compreende a internalização dos custos ambientais, que devem ser suportados pelo empreendedor, afastando-os da coletividade.

Segundo Cristiane Derani, o princípio do poluidor-pagador “visa à internalização dos custos relativos externos da deterioração ambiental (…). Pela aplicação desse princípio, impõe-se ao “sujeito econômico” (produtor, consumidor, transportador), que nesta relação pode causar um problema ambiental, arcar com os custos da diminuição ou afastamento do dano”.

Conforme o Princípio 16 da Declaração do Rio (1992), “as autoridades nacionais devem procurar promover a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da poluição, com a devida atenção ao interesse público e sem provocar distorções no comércio e nos investimentos internacionais”.

Na legislação infraconstitucional, o princípio está expresso no inciso VII do art. 4º da Lei nº 6.938/1981, ao se afigurar na Política Nacional do Meio Ambiente como objetivo que vise ‘à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados (…)’. (Direito Ambiental. 2ªed. e-book. pgs.151-152)

Portanto, diferente do que a alternativa indica, a definição dos custos de produção de determinada empresa poluidora deve sempre levar em consideração os custos sociais externos decorrentes de sua atividade poluente.

 

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Clayton Gemba Junior

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