Em recentes decisões o STF tem se pronunciado sobre a licitude da gravação lícita, qual é o argumento utilizado pelo STF?

Segue parte de um acordão.

GRAVAÇÕES TELEFÔNICAS REALIZADAS POR UM DOS INTERLOCUTORES SEM O CONHECIMENTO DO OUTRO. PROVA LÍCITA. MEIO DE DEFESA DE QUEM AS GRAVOU. PRECEDENTES DO STJ E STF.

A prova juntada nos autos, admitida como lícita pelo juízo de 1º grau, diz respeito a gravações telefônicas constituídas para o fim de provar a ocorrência de negócio jurídico simulado. 
A gravação, diferentemente da intercepção telefônica6, é aquela realizada por um dos interlocutores e não depende de autorização judicial. 
Segundo o magistério de Luiz Flávio Gomes, gravação telefônica é: 
(...) a gravação da comunicação telefônica por um dos comunicadores, ou seja, trata -se de uma auto-gravação (ou gravação da própria comunicação). Normalmente é feita sem o conhecimento do outro comunicador (...) 7. 
A gravação telefônica se caracteriza por ser considerada prova lícita, como já enfatizou o STJ em decisão assim ementada: 

Portanto, a gravação telefônica por um dos interlocutores é considerada prova lícita e, oportunamente, deve-se sopesar se essa prova servirá de elemento probatório para a hipótese dos autos.