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Onde está previsto o princípio geral da responsabilidade na CF de 88 n temática ambiental e como ele se apresenta no Direito Ambiental?

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OjesedPotter

Art. 225 da Constituição. Sendo o referido artigo, uma cláusula pétrea, e por isso, um Direito fundamental, é dever de todo o Estado e Sociedade zelar pela sua plena efetivação. 

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Especialistas PD

Romeu Thomé explica que “a Constituição Federal de 1988 prevê a possibilidade de responsabilização do poluidor, em decorrência de um único dano ambiental, nas esferas penal, administrativa e civil. De acordo com o §3º do art. 225, as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. É a denominada tríplice responsabilização em matéria ambiental.” (Manual de Direito Ambiental. 6ª ed. pg. 569)

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Esse é, portanto, o princípio geral da responsabilidade na temática ambiental.

Fabiano Melo complementa:

“A responsabilidade civil em matéria ambiental é objetiva desde a edição da Lei nº 6.938/1981, conforme o § 1º do art. 14, in verbis: ‘(…) é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade’.

A adoção da teoria da responsabilidade objetiva implica quatro consequências:

  • prescindibilidade da discussão sobre a culpabilidade;
  • irrelevância da licitude ou ilicitude da atividade;
  • irrelevância do caso fortuito e da força maior;
  • não aplicação da cláusula de não indenizar.

No que se refere à responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público e das concessionárias prestadoras de serviços públicos, aplica-se o art. 37, § 6º, da CF c/c o art. 3º, IV, da Lei nº 6.938/1981, com a adoção da teoria da responsabilidade objetiva.

Segundo o art. 37, § 6º, da CF: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

O art. 3º, IV, da Lei nº 6.938/1981 dispõe: poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. (Direito Ambiental. 2ªed. e-book. pgs. 434-437)

 

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