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Como se dá a execução do poder de Polícia feita pelo Estado?

💡 2 Respostas

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SidNaria Melo

Pelo poder de polícia, o Estado limita a esfera individual em prol do interesse público. Portanto, trata-se de uma tensão constante entre o Público e o Privado.

 

Como atividade multifacetada, muitos são os meios de atuação do poder de polícia, a saber: legislação, consentimento, fiscalização e sanção.

 

Pela legislação, o Estado cria normas jurídicas de caráter geral e abstrato que constituem limitações dos direitos e atividades particulares. O fundamento dessa ação está contida no inciso II do art. 5º da Constituição Federal: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

 

Em continuidade, o consentimento é a atividade de análise que o Estado efetua ao verificar se o particular que deseja desempenha determinada atividade ou direito satisfaz os requisitos previstos em lei para tanto. É nesse contexto que se encontram os atos administrativos negociais de licença, autorização e permissão.

 

No exercício da fiscalização, a Administração realiza atividade concreta de vigilância sobre os indivíduos a fim de constatar se estão, ou não, observando as normas de polícia administrativa. Tem-se aqui uma sucessão de acontecimentos materiais (fatos administrativos) que evidenciam a atuação preventiva do poder público na verificação quanto ao cumprimento dos mandamentos jurídicos.

 

Por fim, com a sanção o Estado exerce poder de coação psicológica ou física sobre os administrados que resistem ao cumprimento das normas jurídicas, aplicando-lhes medidas restritivas sócio-educativas. Nessa categoria é que se encontram as sanções de multa, fechamento de estabelecimento comercial, destruição de produtos impróprios ao consumo, cassação de licença, demolição de obras irregulares.

 

Quanto aos sujeitos aptos a seu desempenho, a atividade de polícia administrativa é exclusiva das pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas de direito público). Logo, o poder de polícia não pode ser delegado a pessoas de direito privado, nem mesmo quando integrantes da Administração Indireta (fundações públicas de direito privado, empresas públicas e sociedades de economia mista).

O mestre Carvalho Filho acentua que pessoas de direito privado “jamais serão dotadas da potestade (ius imperii) necessária ao desempenho da atividade de polícia”.

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Especialistas PD

Dois atributos do Poder de Polícia ajudam a entender bem a sua dinâmica: Autoexecutoriedade e Coercibilidade. Autoexecutoriedade significa que a Administração Pública pode executar suas próprias decisões sem necessidade de autorização do Judiciário. Coercibilidade significa que as decisões da Administração Pública devem ser obedecidas independentemente da vontade do administrado.

Portanto, quando o Estado, no exercício do poder de polícia, pretende aplicar uma sanção a um particular, ele pode determinar tal punição por si só, ou seja, sem ter que solicitar previamente autorização ao Poder Judiciário. Além disso, o particular deverá obedecer a punição ainda que discorde dela. Essa é a regra.

 

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