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Conceito de Maria da Penha

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Irlan

Confira, abaixo, o que mudou na Lei Maria da Penha e o que cada uma dessas alterações representa no combate e na repressão à violência doméstica e na proteção das vítimas.

1. Um dos direitos garantidos às mulheres em situação de violência doméstica e familiar é passar por atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado preferencialmente por servidoras mulheres. “Há vítimas que se sentem mais à vontade com profissionais mulheres e, se ela expressar isso, vamos disponibilizar uma profissional do sexo feminino para atendê-la”, explica Sandra Melo.

2. Os questionamentos e interrogações no ato do atendimento devem prezar pelas integridades física, psíquica e emocional da depoente. A mulher, seus familiares e testemunhas devem ter garantia de que não terão contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas relacionadas a eles.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Entenda o que mudou na Lei Maria da Penha

3. A mulher em situação de violência não deve ser revitimizada ao prestar depoimentos. Isso significa que devem ser evitados questionamentos sucessivos sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e administrativo. Da mesma forma, devem-se evitar questionamentos sobre a vida privada.

4. A escuta e o interrogatório devem ser feitos em locais com equipamentos próprios e adequados à idade da mulher e à gravidade da violência. De acordo com a delegada Sandra Melo, isso se aplica a algumas peculiaridade do atendimento, por exemplo, de pessoas menores de idade. “O local sempre deve ser reservado, para preservar a identidade e a intimidade da vítima”, diz.

5. Profissionais especializados em violência doméstica devem intermediar as escutas e os depoimentos, quando necessário. “Às vezes, a mulher está com um bloqueio emocional. Aqui na Deam, por exemplo, assinamos um termo de cooperação com universidades e, nesses casos, pedimos ajuda de profissionais da psicologia ou da área jurídica para fazer essa escuta”, relata a delegada.

6. Os depoimentos prestados devem ser registrados em meio eletrônico ou magnético. A degravação, isso é, a transcrição do áudio e a mídia contendo o registro deve integrar o inquérito. “Essa medida é importante para que a vítima não tenha de repetir o mesmo depoimento em outras fases do processo”, explica Sandra.

7. A formulação de políticas e planos de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar darão prioridade, no âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de equipes especializadas para o atendimento e a investigação das violências graves contra a mulher

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Nanny Lill e Valmir Flores Domingues

Lei Maria da Penha - conceitos básicos

Criada para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, define que o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Entretanto, a violência doméstica contra a mulher é muito comum e ocorre diariamente, em razão disso, depois do caso de violência doméstica contra Letícia Rabelo, foi implantada a Lei nº 11.340/2006, popularmente conhecida como a Lei Maria da Penha.
O que é a Maria da Penha?
É a Lei nº 11.340/2006, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar praticados contra a mulher.
O que configura violência doméstica e familiar contra a mulher ?
A violência contra a mulher é qualquer ato ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na privada.
Aplica-se a Lei Maria da Penha, quando ocorrerem algumas das seguintes formas de violência doméstica e familiar contra a mulher: 
 Qualquer conduta que resulte danos à sua integridade física ou saúde corporal;
 Qualquer ato que cause na mulher dano emocional ou diminuição da autoestima;
 Qualquer conduta que vise degradar ou controlar os atos diários da mulher mediante constrangimento, ameça, manipulação, humilhação, isolamento, etc;
 Qualquer conduta de cunho sexual que obrigue, a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada; 
Também configura violência doméstica contra mulher toda conduta que a obrigue a comercializar ou a utilizar a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
A destruição dos objetos da mulher, sejam instrumentos de trabalho ou domésticos ou até mesmo documentos pessoais, são também entendidos como violência doméstica contra a mulher; 
Como será prestada a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar ?
Conforme o artigo 9º da Lei 11.340/2006, a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso: incluir a mulher vítima de agressão doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal, assegurar à mulher proteção da sua integridade física e psicológica, acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; afastamento do local de trabalho (6 meses) se for o caso, como também a manutenção do vínculo trabalhista, acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.
No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá proceder de que forma?
Optando a vítima em registrar a ocorrência na Delegacia, é importante que se indique testemunhas, com nome e endereço Havendo risco de vida da mulher ou a de seus familiares (filhos, pais,
etc.) poderá também procurar ajuda de serviços que mantém casas-
abrigos, que são moradias em local secreto onde a mulher e os seus filhos podem ficar
afastados e protegidos do agressor. A vítima deverá ser assistida por um advogado ou defensor público que a representará perante o Poder Judiciário em todos os atos processuais. Nos casos em que já existir a medida protetiva, tomando a autoridade policial conhecimento da ocorrência da violência doméstica, deverá de imediato garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal, fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; sendo preciso acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar. 
Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, a autoridade policial deverá ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência, determinar que se proceda ao exame de corpo de delito , ouvir o agressor e as testemunhas, ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais e remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
Lésbicas, Travestis e Transexuais estão protegidos pela Maria da Penha?

Sim. De acordo com o Art. 5, [?] parágrafo único da Lei Maria da Penha que diz : As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual?. A partir desse dispositivo legal, entende-se que independente da orientação sexual, toda relação que for reconhecida como entidade familiar, estão sob a proteção desta lei, sendo assim, as uniões homoafetivas reconhecidas pelo legislador como entidade familiar poderão fazer uso da Maria Penha para terem seus direitos alcançados, quando for o caso.

Cabe ainda ressaltar que com a Lei Maria da Penha não tem como desistir de levar a ação adiante, somente perante o Juiz e o Ministério Público poderá desistir, contudo este último poderá denunciar o agressor se constatar realização de crime.

Leia mais em: https://www.webartigos.com/artigos/lei-maria-da-penha-conceitos-basicos/54497/#ixzz4y89C6ZwO

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Rafael Cavalcanti Moreira

Po, nem sei

 

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