Tratando-se de pedido de reintegração de posse, devem ser analisados os requisitos legais (art 927, CPC) para a sua concessão, os quais devem ser firmemente seguidos. Sem comprovar a posse, esbulho, data do esbulho e a perda da posse não há que se falar em deferimento da reintegração e muito menos de uma liminar.
Além dos requisitos da petição inicial (art. 319, do CPC), bem como dos pressupostos de existência e validade normalmente exigidos, temos os requisitos específicos do art. 561, do CPC:
"Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração."
Lembramos que esses requisitos são expressamente para a manutenção de posse e reintegração de posse, duas espécies de ações possessórias, enquanto a terceira espécie, interdito proibitório, atua como forma de cautelar, ou seja, para evitar dano ou lesão à posse, quando ameaçada, mas a ele se aplicam as disposições relativas àquelas duas.
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.
Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na Seção II deste Capítulo.
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