No inquérito policial, ou em qualquer outro tipo de procedimento investigativo, verifica-se a utilização do reconhecimento fotográfico em substituição ao reconhecimento de pessoas, este previsto no Código de Processo Penal e aquele não. O reconhecimento fotográfico, assim como o reconhecimento de pessoas, tem por finalidade comprovar a identificação de uma pessoa que está de alguma maneira envolvida com os fatos apurados no inquérito policial. Além disso, o reconhecimento fotográfico poderá ser utilizado como meio de prova na instrução processual, desde que atenda aos requisitos estabelecidos em lei para o reconhecimento de pessoas e esteja acompanhado de outras provas que o corroborem, conforme a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
O reconhecimento é meio de prova e ocorrerá quando uma pessoa, (vítima ou testemunha) reconhecer a pessoa ou coisa que de alguma forma interesse ao fato, (ao vivo). Nucci define como “ato pelo qual uma pessoa admite e afirma como certa a identidade de outra ou a qualidade de uma coisa”. (2012, p. 526).
É importante analisar que:
CPP - Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.
Para Feitoza, (2009, p. 766) “é uma prova inominada”, pois não estaria prevista essa modalidade em nenhum dispositivo legal e é permitida em nome do “princípio da liberdade probatória”.
O reconhecimento pode ser feito através de fotografia, desde que tomadas cautelas devidas, pois a fotografia pode ser antiga, a coisa ou pessoa poderá estar em um estado totalmente diferente, pois crime e fotografia podem ser de épocas distintas, com longo lapso temporal entre uma e outra.
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