como é classificado o contrato de locação de coisas?

(Artigos 565 a 578)
Uma parte se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa, infungível, mediante remuneração. A lei não faz diferença entre as expressões “locação” e “arrendamento”. Na prática, usa-se “arrendamento” para designar aluguel de imóveis rurais e “locação” para urbanos (móveis e imóveis).

No que tange à sua classificação, o contrato de locação é oneroso, na maior parte das vezes consensual, comutativo, de execução continuada (há continuidade de prestação até que se cesse o contrato – o aluguel); resulta-se a partir dessa caracterização um dos seus três principais pressupostos: a contratualidade, seguida da chamada “cessão temporária de uso e gozo” (onde há transferência de propriedade) e remuneração. Este último se materializa perante o aluguel, o salário e a soldada, conforme o contrato se tratar de locação de coisa, prestação de serviço ou empreitada, respectivamente.

É contrato oneroso, consensual, comutativo e de execução continuada.

1. Oneroso: ambas as partes (locador e locatário) obtêm proveitos aos quais correspondem contraprestações.
2. Consensuais: se formam com a anuência das partes, sem necessidade de outros atos ou solenidades (e.g. registro ou tradição);
3. Comutativos: são contratos que estabelecem prestações certas e determinadas, com possibilidade de antecipar os benefícios e os ônus suportados.
4. De execução continuada ou de trato sucessivo: são aqueles que se cumprem por meio da reiteração de atos, ou seja, não se cumpre de uma só vez, mas com a realização de atos diversos.