O mútuo se revela como empréstimo de consumo, ao passo que o comodato se consubstancia no empréstimo de uso. Outra diferença entre os institutos está no objeto: o mútuo alcança apenas bens fungíveis, e, o comodato bens infungíveis.
O mutuário desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, mas, o comodatário só se libera da obrigação restituindo a própria coisa emprestada. Além disso, o mútuo acarreta a transferência do domínio (o que não ocorre no comodato) e permite a alienação da coisa emprestada, ao passo que o comodatário é proibido de transferir o bem a terceiro.
No comodato há um contrato benéfico, em que uma das partes é beneficiada sem contraprestação. Neste contrato, há empréstimo de bem infungível e inconsumível, que ao final deve ser entregue da forma como foi emprestado.
No mútuo há, em regra, contrato oneroso, por meio do qual uma das partes empresta à outra bem fungível e consumível, que deve ser devolvido, ao final, por bem da mesma espécie, com ou sem remuneração, a depender do pactuado.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar