Quais problemas a Lei 9.456 de 25 Abril de 1997 pode ocasionar para cultivares que podem ser propagados sem alteração de sua constituição genética (Ex: Soja e Cana-de-açúcar).
Para entender essa lei, vamos mostrar um exemplo: quando o agricultor compra uma semente, ele está adquirindo o germoplasma, que carrega características como tamanho e porte. E também a biotecnologia, que, no caso da soja, são os genes que garantem resistência ao glifosato e à lagarta. Ao adquirir sementes da soja RR1, por exemplo, o produtor paga royalties somente pelo germoplasma, já que a patente dessa variedade está vencida. Na compra da variedade RR2, que ainda tem patente em vigor, o produtor é obrigado a pagar royalties pela biotecnologia e também pelo germoplasma.
Aquele produtor que salva parte da produção para cultivar a próxima safra é obrigado a pagar royalties apenas pela biotecnologia da RR2. No caso da RR1, não é necessário nenhum pagamento. A principal proposta de alteração da lei de proteção de cultivares é que a cobrança de germoplasma passe a ser feita cada vez que o produtor salvar a semente, seja ela RR1 ou RR2. Essa é a reivindicação das empresas representadas pela Associação de Produtores de Sementes de Soja (Abrass).
Essa cobrança sobre o grão é uma grande limitação: com um kit simples você identifica se o seu gene está ali na moega ou não. Com a proteção de cultivares, com a variedade não é tão simples assim. Essa já é uma desvantagem nata da proteção de cultivares.
Fonte:https://canalrural.uol.com.br/noticias/aprosoja-brasil-aceita-cobranca-royalties-pelo-germoplasma-59376/
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