É lícita a alteração, pois a jurisprudência entende não haver lesão ao princípio da inalterabilidade contratual lesiva, haja vista a presunção de que o trabalho diurno é mais benéfico que o noturno, pois permite maior atendimento a questões de segurança e saúde, além de favorecer o convívio social e familiar do trabalhador.
CONTRATO DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. HORÁRIO DE TRABALHO. JUS VARIANDI.
1. Em princípio, situa-se no campo do jus variandi patronal determinar o horário de prestação dos serviços, já que, suportando os riscos do empreendimento, cabe-lhe a organização dos fatores de produção.
2. É lícito o ato do empregador que altera o horário de trabalho do empregado, transpondo-o do turno noturno para o diurno, haja vista afigurar-se social e biologicamente mais benéfico ao empregado.
3. A licitude ainda mais transparece quando se atende para a circunstância de que há cláusula contratual expressa assegurando tal prerrogativa e não se observa atitude maliciosa do empregador em causar prejuízo ao empregado, ou impedir a execução de outro contrato de trabalho.
4. Recurso de revista conhecido e provido.
(PROC. Nº TST-RR-10375/2002-900-04-00.0 - Ac. 1ª T - Redator Designado Ministro JOÃO ORESTE DALAZEN - DJ. L9.12.2006)
A situação se mantém independentemente da perda do adicional noturno, pois junto com a perda da parcela remuneratória, cessa também a causa lesiva que lhe fundamenta juridicamente (Súmula 265, do TST):
ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
Situação diversa ocorreria na alteração do turno diurno para o noturno, situação que se considera mais prejudicial e depende de anuência do trabalhador, nos termos do art. 468, da CLT.
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Direito do Trabalho I
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Direito Processual do Trabalho e Direito do Trabalho
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