Estado de necessidade - quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outo modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacríficio, nas circunstancias, não era razoável exigir-se. Art. 24 CP
Legítima defesa - usando moderandamente dos meios necessários, repele injusta agressãp, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Art. 25 CP
No estado de necessidade há conflito entre vários bens jurídicos diante de uma situação de perigo, que não pode ser prevista, em que o perigo decorre de comportamento humano, animal ou ainda por evento da natureza. Deste modo, o perigo não tem destinatário certo e os interesses em conflito são legítimos. Encontra previsão legal no artigo 23, I, do Código Penal, sendo exemplificado no artigo 24 do mesmo Código. Portanto, o estado de necessidade exclui o caráter antijurídico de uma conduta criminosa.
Já na legítima defesa, há ameaça ou ataque por pessoa imputável, a um bem jurídico, podendo este ser de outrem. Trata-se, portanto, de agressão humana, que possui destinatário certo e os interesses do agressor são ilegítimos. Tem como requisito subjetivo o conhecimento da situação de fato justificante e como requisitos objetivos a proteção de direito próprio ou alheio, uso moderado dos meios necessários (não adiantando encontrar o meio necessário e sim usá-lo moderadamente, ou seja, de maneira suficiente a repelir a agressão), que seja injusta a agressão e que ela esteja ocorrendo ou prestes a ocorrer, conforme preceitua o Código Penal em seu artigo 25.
Certo é que, na legítima defesa temos uma ação defensiva com aspectos agressivos, enquanto que no estado de necessidade a ação é agressiva com o intuito defensivo.
A legítima defesa está prevista no artigo 25 do Código Penal que dispõe:
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
O estado de necessidade está previsto no artigo 24 do Código Penal que menciona:
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
A diferença entre os dois é que na legítima defesa a vítima repele uma agressão injusta de outrem, já no estado de necessidade o indivíduo viola um bem jurídico tutelado para salvar outro de maior importância, sendo que, nesse caso, não há uma agressão injusta sobre o indivíduo.
1 - Legitima defesa: quando a vítima repele injusta agressão atual ou iminente.
2 - Estado de necessidade: quando o indivíduo sacrifica um bem jurídico para proteger outro de maior valor, em tese.
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