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Quais os critérios para a aplicabilidade da suspensão condicional do processo? Em quais processos pode a mesma ser aplicada? Justifique

💡 1 Resposta

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Miguel Schmitt

Fala amigo, tudo bem? Vou lhe enviar meu material aqui que é simples e objetivo, deixa o like se gostar, valeu. 

A suspensão condicional do porcesso irá caber em todas as infrações penais em que a pena mínima em abstrato não seja superior a 1 ano.

                Exemplos: lesão corporal leve (art. 129, caput, p. 3 meses a 1 ano) grave (art. 129, §1º, p. 1 a 5 anos), furto simples (art. 155, caput, p. 1 a 4 anos), apropriação indébita (art. 168, caput, p. 1 a 4 anos), ameaça (art. 147,p. 1 a 6 meses) etc.

Obs. 1: É irrelevante a espécie de pena privativa de liberdade prevista para a infração penal (reclusão ou detenção), bem como irrelevante a previsão de cumulação com pena de multa.

Obs. 2: Pode incidir sobre crimes do Código Penal e de leis especiais.

Obs. 3: É incabível em crimes de competência da Justiça Militar (art. 90-A).

Obs. 4: O art. 41 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) veda a aplicação dos dispositivos da Lei 9.099/95 a todos os crimes que envolvam violência familiar ou doméstica contra a mulher.

Obs. 5: É aplicável também as contravenções penais.

Obs. 6: A possibilidade de reconhecimento de agravante genérica não obsta o benefício, porque não altera a pena em abstrato.

Requisitos objetivos:

a) Recebimento da denúncia:

Obs.: O §1º do art. 89 da Lei 9.099/95 dá a entender que o recebimento da denúncia somente deve ocorrer após a efetivação da proposta, mas essa interpretação literal é plenamente rechaçada pela doutrina e pela jurisprudência, pois não faria sentido notificar o acusado, fazer-lhe a proposta e somente depois de ele aceitá-la, o juiz rejeitar a exordial, fazendo com que todos os atos anteriores percam seu valor.

 

b) Não estar sendo processado por outro crime:

Obs.1: Não importa se crime doloso ou culposo, apenado com reclusão ou detenção.

Obs.2: Não impede a concessão do benefício se estiver sendo processado por contravenção penal.

Obs.2: Havia divergência doutrinária acerca da inconstitucionalidade deste requisito, por ferir o princípio da presunção de inocência (Nesse sentido: Luiz Flavio Gomes). Todavia, consagrou-se o entendimento de que é constitucional (Nesse sentido: Mirabete, STF, HC85.106, 1ª T, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Dj 4-3-2005). 

 

c) Não ter sido condenado por outro crime:

Obs.1: Divergência doutrinária.

     1ª Corrente (Gonçalves): o decurso do prazo de reincidência de 5 anos referido no art. 64, I, do CP faz com que seja possível o benefício.

     2ª Corrente: o silencio da lei indica estar vedada a concessão da suspensão, qualquer que tenha sido o período decorrido após a condenação.

Obs.2: Se tiver sido concedido o perdão judicial em relação ao crime anterior, o réu faz jus ao benefício porque o art. 120 do CP estabelece que a sentença que concede perdão judicial não retira a primariedade do acusado. Súmula 18, STJ – declaratória de extinção de punibilidade.

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