O que acontece com a relação P/O na presença de agentes desacopladores?

Na mitocôndria normal, a velocidade do transporte de elétrons está estreitamente acoplada à necessidade de ATP. Assim, quando a velocidade de utilização do ATP é baixa, a velocidade do transporte de elétrons é igualmente pequena. Da mesma forma, quando o ATP é consumido em alta velocidade, o transporte de elétrons também é rápido. Dentro destas condições de acoplamento, a velocidade pode ser expressa como a razão P/O, isto é, o número de moléculas de ATP sintetizadas por átomo de oxigênio consumido.

Costuma-se supor que a taxa metabólica de um animal pode ser estimada através da medição da taxa de consumo de oxigênio de todo o organismo. Entretanto, é improvável que o consumo de oxigênio seja um marcador suficiente do metabolismo energético em muitas situações. Isto é devido à variabilidade inerente na ligação entre a oxidação e a fosforilação; isto é, a quantidade de trifosfato de adenosina (ATP) gerada por molécula de oxigênio consumida pelas mitocôndrias (razão P/O).

Existem várias definições diferentes de metabolismo, mas em quase todos os casos o metabolismo é medido pela quantificação da taxa de consumo de oxigênio. No entanto, o que se espera que as avaliações do consumo de oxigênio revelem em relação ao metabolismo energético é raramente especificado.

O conceito amplo de metabolismo inclui todas as reações anabólicas e catabólicas dentro de um organismo e, consequentemente, abrange todos os processos associados à obtenção, assimilação, transformação e alocação de recursos. O termo “taxa de consumo de oxigênio” costuma ser relacionado a qualquer um desses processos, se não todos.