O Brasil é o país, fora da África, que mais concentra pessoas negras. Segundo o IBGE, mais de 53% da população brasileira é negra. Em contrapartida, menos de 9% dos cidadãos empregados são negros.
Segundo estudo do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (LAESER) cerca de 63% dos empregos domésticos no País são ocupados por negros, herança do período escravocrata. Do outro lado, os brancos são quase 60% dos postos com e sem carteira no setor público. Além disso, quase 70% do total de empregadores do país são brancos, revelando a detenção de poder sob as contratações.
Outro dado, apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, é o aumento do desemprego entre as pessoas negras. Negros representavam 60,3% de todo o aumento de desemprego gerado entre 2013 e 2014.
A desigualdade tem diversos culpados, além da herança escravocrata, temos a persistência de conceitos e atitudes negativas sobre o perfil, a capacidade e habilidades profissionais de negros e negras.
Houve, nos últimos anos, uma mudança, nos números. Segundo o IBGE, o rendimento dos trabalhadores negros, por exemplo, cresceu 52,6% entre 2003 e 2015. Entre os trabalhadores de cor branca, o crescimento foi de 25%. Os trabalhadores negros ganhavam, em média, em 2003, 48,4% do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em 2015, esse percentual é de 59,2%. A mudança ainda é pouco representativa, também visto que, na última década, a inserção de jovens negros nas universidades triplicou.
Os dados revelam a disparidade racial entre negros e brancos e levanta a discussão acerca da necessidade de ações afirmativas para aumentar a inclusão racial nas corporações.
Para Cida Bento, psicóloga social, iniciativas que promovam a inclusão racial é “um caminho efetivo para contribuir para a construção de um ambiente empresarial e organizacional mais democrático, que respeite os direitos humanos, aposte no desenvolvimento econômico e social do País e reflita a sociedade em que a empresa está inserida. Com isso, valoriza-se um dos principais patrimônios do Brasil: a riqueza da diversidade do seu povo.”
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