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Diferença entre federação e confederação?

💡 3 Respostas

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Luis Washington

Em um estado federativo é permitido, por instrumento constitucional, o chamado exercício dual em três níveis de partilha de competências entre a União, os estados, como por exemplo as unidades de federação, e municípios. Ja em um estado confederados há um alto grau de autonomia das unidades subnacionais, autorizando, a algumas partilhas de competência material entre a esfera nacional e as unidades confederadas.

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Tiago Ternoski

A principal distinção entre uma confederação e uma federação é que, naConfederação, os Estados constituintes não abandonam a sua soberania, enquanto que, na Federação, a soberania é transferida para o Estado Federal.

Para exemplificar os estados Unidos EUA são uma confederação, ou seja, são varios estados autonomos dentro de uma circunsição. cada estado é autonomo por que cria suas próprias leis. assim temos estados americanos que aceitam o pena de morte e outros não. 

já na federação que é o caso do nosso pais Brasil. os estados estados que compoem todo o territorio nacional parraram a responsabilidade de julgamento e de tomadas de decioes para o estado federal. 

A questão torna-se complexa de entender pelo fato de ser termos abstratos e pelo nosso entendimento de a respeito da palavra"estado" estamos acostumados a entender estado como uma faixa de terra demoninado por um nome. ex. Paraná, santa catariana etc.

neste caso a pergunta quer saber como que é a organização interna da estrutura. quem é reponsalvel por tormar a deciçôes e qual o funcionamento.

espero ter contribuido. 

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LR

A diferencia entre a confederação e a federação se verifica segundo o aspecto da soberania. A confederação é uma “associação estável de Estados soberanos (...) que, no interesse comum, põem-se sob a dependência de um governo central, conservando, porém, a sua autonomia em outros domínios” (HOUAISS, 2009: 518). A federação é uma “união instituída entre Estados independentes para formas uma única entidade soberana [Os Estados passam a ter autonomia, enquanto a federação é detentora da soberania]” (HOUAISS, 2009: 880). Mas o que significa ser autônomo e ser soberano? No mundo político autônomo é aquele que “que goza de liberdade administrativa e política perante o poder central; que tem o direito de se governar segundo suas leis e costumes” (HOUAISS, 2009: 225). A soberania diz respeito aos termos “autoridade, domínio, poder” (HOUAISS, 2009: 1756). A soberania de um Estado refere-se a um “poder político supremo (...) dentro do território nacional e em relações com outros países” (HOUAISS, 2009: 1756). Vamos exemplificar: Os Estados Unidos da América (EUA), é uma federação composta por outros 50 estados (California, Texas, Nova Iorque, Florida, etc.) e por um distrito federal (Washington). A federação que representa a união dos diversos estados-membros possui a soberania, o poder de tomar decisões de interesse comum, e aos estados está reservado o direito legislar a respeito de questões específicas, o que garante sua autonomia perante aos outros estados e à centralidade da federação. A pena de morte, por exemplo, é legal em alguns estados dos EUA, e em outros não, assim como o aborto e o casamento homoafetivo. Por outro lado, assuntos que dizem respeito a macro política econômica e a guerra, por exemplo, são tratados pela federação, pois dizem respeito ao interesse comum e ao poder soberano. Já uma confederação podemos explicar da seguinte forma: Em 1861 a região sul dos EUA tinha uma economia predominantemente agrária e escravista, considerando que a soberania não pertencia aos estados e sim ao Estado centralizado, que o nível de autonomia dos estados era consideravelmente baixo e que crescia no restante do país uma economia industrial e uma forte sentimento abolicionista, os estados do Sul dos EUA decidiram se unir e formar os Estados Confederados da América. Neste exemplo, caso os estados do Sul dos EUA tivessem sido vitoriosos da guerra civil que sucedeu a proclamação dos Estados Confederados da América, hoje, estados como Alabama, Carolina do Sul e Mississipi seriam Estados soberanos, e não estados membros da federação EUA, capazes de decidir juntos a respeito de assuntos como a paz e a guerra, mas garantindo para cada um desses Estados o poder de decidir a respeito de uma gama maior de assuntos de forma independente entre si, neste caso o Mississipi poderia decidir abolir a escravidão, mas jamais poderia obrigas que o Alabama optasse pelo mesmo caminho. Bobbio coloca a questão da seguinte forma: “Ora, entre as associações de Estados dotadas de órgãos comuns, há algumas, as federações, cuja coesão se baseia no fato de que uma parte da soberania dos Estados-memboros, a referente à política externa e econômica, é transferida a um centro superior de decisão política. É que o controle separado de tais setores, sendo incompatível com a unidade política, seria causa de anarquia internacionais e de desordem econômica. Há outras associações, as Confederações, cujos órgãos centrais, carecendo de uma autoridade proria e respeitando a absoluta independência dos Estados associados, não representa qualitativamente outra coisa senão a soma de seus componentes políticos, sendo por isso obrigados a suportar a dinâmica dos interesses dos Estados, sem poder controlar, e refletir as contradições que deveriam, ao invés, superar. Por isso, no sistema confederativo, onde os Estados, não reconhecendo qualquer poder superior, mantém toda a sua soberania, as pressões centrífugas, expressas pelos interesses particulares dos Estados, tendem a prevalecer sobre as centrípetas, expressas pelos órgãos confederativos.” (BOBBIO, 1993: 218).

“Na linguagem política, o termo Confederação tem duas significações, uma genérica, a outra específica. Na acepção genérica, Confederação é quase sinônimo de associação, como ocorre, por exemplo, no caso do sindicato designado Confederação Geral Italiana do Trabalho (C. G. T. I. L.). Na acepção específica, que nos ocuparemos aqui, o termo indica, ao contrário, uma união de Estados.” (BOBBIO, 1993: 218).

“Como os Estados dificilmente se podem manter isolados, suas relações estão muitas vezes marcadas por formas de cooperação e de associação internacional que não excluem, entretanto, a divisão política e a possibilidade de cada Estado poder rescindir em qualquer momento os vínculos que caracteriza as relações internacionais. Entre as formas de associação, a mais elementar é a aliança, que não exige que os Estados contraentes criem órgãos comuns para a execução dos seus acordos. O que distingue a Confederação de uma simples aliança entre Estados é que os Estados confederados instituem um órgão político de caráter diplomático, composto de representantes de cada Estado, com a incumbência de tomar decisões de interesse comum.” (BOBBIO, 1993: 218).

“A existência de um poder superior aos dos Estados, autônomo, mas de tal modo limitado que garanta a independência dos mesmos, é, pois, o critério que distingue a federação das outras formas de associação entre Estados, nas quais, indistintamente, os fatores da divisão política tendem a prevalecer sobre os da unidade. Este critério é fundamental. Ele nos permitirá superar as dificuldades oriundas do fato de as palavras Confederação e federação serem frequentemente usadas nos textos constitucionais de modo confuso e, o mais das vezes, de forma diversa da de uma linguagem política mais rigorosa. Com base em tal critério, pode-se dizer, por exemplo, que a Suíça é, desde 1848, uma federação, embora a Constituição helvética continue a definir a sua estrutura política como confederativa. De fato, o Governo central tem em suas mãos o controle exclusivo do exército, o poder exclusivo da representação diplomática, o sistema aduaneiro e monetário e um poder de tributação próprio.” (BOBBIO, 1993: 218).

“A Confederação é uma instituição muito mais antiga que a federação. no mundo antigo, nas cidades-Estados da Grécia, se formaram as ligas anfictiônica e aquéia, ambas dotadas de órgãos comuns de caráter confederativo. Também o antigo império germânico e as Províncias Unidas dos Países-Baixos entram associações tipicamente confederativas. A união dos Cantões suíços e os Estados Unidos da América, antes de fundirem numa federação, eram confederações.” (BOBBIO, 1993: 218-219).

Referências bibliográficas:

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 5. ed. Brasília: Edunb, 1993.

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Messo. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro, 2009.

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