A resposta certa é a letra "C".
DA AUTOTUTELA OU AUTODEFESA
Foi a partir do momento em que os Estados se estabeleceram e ganharam força, inclusive de coerção sobre os indivíduos, que a solução dos conflitos de interesses deixou de ser dada pela autotutela. Até então, eram as próprias partes envolvidas que solucionavam os conflitos, com o emprego da força ou de outros meios. Quando havia uma desavença, ou as partes conseguiam chegar a um acordo ou uma delas submetia à força os interesses da outra. São elementos que a caracterizam:
– defesa própria, por si mesmo
– forma mais primitiva de resolução dos conflitos
– ausência de autoridade estatal acima dos indivíduos
– emprego da força
– lei do mais forte
– imposição da decisão de uma das partes à outra.
A autotutela define-se como um método de composição de litígios determinado pela ausência de um juiz independente e imparcial e pela imposição da vontade de uma parte sobre a outra.
O método da autotutela como solução dos litígios era temporário, uma vez que permanecia a animosidade e, portanto, a desarmonia social, no que concerne ao bem e ao direito em questão.
Nas sociedades modernas, o Estado assumiu para si o poder-dever de solucionar os conflitos. O Estado substituiu-se às partes, incumbindo a ele a almejada solução para o litígio. A preocupação em impedir-se modernamente a autotutela revela-se pela punição legal no seu exercício. Considera-se ilícito criminal o exercício arbitrário das próprias razões.
No entanto, existem no ordenamento jurídico hipóteses excepcionais em que o Estado, ciente de sua incapacidade de estar presente em todas as situações possíveis, permite ao titular de um direito a autotutela. São situações específicas, que pressupõe autorização da lei para o seu exercício, como por exemplo, a legítima defesa pessoal ou de terceiro, autorizada no Código Penal e a legítima defesa da posse, prevista no Código Civil.
– Exceções nas quais é admitida a autotutela nos dias de hoje:
Art. 188, I ? CC (legítima defesa e exercício regular de um direito)
Art. 188, II ? CC (estado de necessidade)
Art. 1.210 ? CC (manutenção de posse)
Art. 1.283 ? CC (corte de raízes e ramos de árvores)
Legítima defesa: repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, usando moderadamente dos meios necessários.
Estado de necessidade: quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
O exercício da autotutela é como regra, vedado, sendo possível desde que haja autorização legal, em situações excepcionais, e sujeitando-se o indivíduo à demonstração da licitude de seu ato através da realização do processo.
Resposta>alternativa c
Para Morais, o conflito é a parte integrante do dia-a-dia das pessoas, servindo para o aprimoramento das relações interpessoais. Faz-se necessário, então que se avalie dentre a diversidade de mecanismos de solução aquele que mais se encaixe ao tipo de conflito vivenciado. Dentre as formas de resolução de conflitos, a autodefesa (também denominado autotutela) é a forma mais primitiva, na qual há sempre o emprego da força de uma das partes e, a submissão da outra. Entende-se por força as mais diversas modalidades, a saber, a física, a moral, a econômica, a social, a cultural, dentre outras.
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