Primeira alteração é a liberação hormonal de glucagon( hormonio catabolico),segundo processo é a ativação da lipolise(quebra de gordura),tudo isso para o corpo ter glicose,caso pesista o jejum a via metabolica será a protéinas contidas no musculo esquelético,exemplo, alanina-piruvato-glicose= para corrente sanguínea.
Espero ter ajudado,abraços...
Nesta questão, são importantes dois conceitos principais, os quais são bastante extensos:
No conceito metabólico, jejum é o desencadeamento uma sucessão de reações em diversos órgãos para contornar a ausência de nutrientes e manter o metabolismo basal.
O estado de jejum pode ser dividido em duas etapas: estado inicial e estado prolongado, cada um deles correspondendo a uma série de mecanismos que tentam suprir as necessidades do organismo; e
As alterações metabólicas são mecanismos que o organismo cria para reverter ações contrárias a homeostase.
São consequência da carência nutricional e de fatores externos, como emocionais, sendo mais perceptíveis em determinados órgãos, os quais realizarão certas reações específicas:
Fígado
Maior glândula do corpo humano com grande capacidade regenerativa. É um dos centros das reações metabólicas, e em situação de jejum realiza majoritariamente a glicogenólise, a gliconeogênese, a oxidação de ácidos graxos e a síntese de corpos cetônicos;
Tecido Adiposo
É responsável pela estocagem e liberação de ácidos graxos. Em caso de necessidade, como no jejum, degrada triacilglicerois em ácidos graxos e glicerol.
Musculo Esquelético
Necessita de muita energia, por isso apresenta um armazenamento próprio de glicogênio. No entanto, esse estoque não o sustenta por muito tempo. Por isso, depois da falta de seu combustível principal, começa a utilizar corpos cetônicos e ácidos graxos.
Cérebro
Os neurônios utilizam predominantemente glicose como fonte energética. Entretanto, não conseguem armazená-la. Por isso, dependem da corrente sanguínea para sua obtenção. Recebem a glicose prioritariamente quando esta está em falta. Depois de algum tempo de jejum, quando não há mais glicose, passam a utilizar corpos cetônicos. A ausência de nutrientes pode causar danos cerebrais irreversíveis.
Regulação hormonal dos processos metabólicos envolvidos com o jejum
A Insulina e o Glucagon são hormônios produzidos nas ilhotas pancreáticas que agem de forma antagônica: o que um estimula, o outro inibe. Isto é facilmente observado nas suas ações no metabolismo:
O Glucagon estimula a Glicogenólise, a Gliconeogênese, a formação de Corpos cetônicos, a Lipólise; ou seja, regula positivamente todos os processos que atuam no jejum.
Já a Insulina os inibe, estimula processos como a Glicólise, Glicogênese, a síntese de triacilglicerois, e a síntese de proteínas; ou seja, está associada a processos que atuam em indivíduos bem nutridos.
Portanto, o glucagon tem efeitos catabólicos, enquanto os da insulina são anabólicos.
Após alguns dias de inanição, o organismo priorizará o fornecimento de glicose para os neurônios e para as hemácias; os outros tecidos passam a depender de corpos cetônicos, com exceção do fígado, e da gliconeogênese realizada a partir de glicerol e aminoácidos e.
No entanto, o glicerol corresponde a uma parcela muito pequena da glicose formada, passando o organismo a depender quase que exclusivamente dos aminoácidos. Devido à necessidade da manutenção das proteínas, o organismo sofre severas adaptações.
Uma delas é a mudança da fonte alimentar dos neurônios, que passam a aceitar corpos cetônicos, já que estes são produzidos em excesso devido a grande quantidade de acetil coA presente, considerando a interrupção da glicólise, e sua produção durante a oxidação de ácidos graxos.
Uma das grandes desvantagens dos corpos cetônicos são a sua característica ácida, alterando o pH sanguíneo, impossibilitando o funcionamento do tampão do plasma, caracterizando uma cetoacidose. Esse uso dos corpos cetônicos mantém o organismo até quase todo o estoque de triacilglicerois ser consumido, já que a alta concentração de corpos cetônicos reduz a proteólise, que é a degradação de proteínas.
Quando o acúmulo de gorduras terminar, a proteólise reiniciará. No momento em que deixar de existir proteínas para este processo, o indivíduo morre.
Portanto, no jejum prolongado, o organismo realiza diversas alterações metabólicas voltadas a reverter ações contrárias a homeostase, as quais são específicas para determinados órgãos. No mais, vai sendo feitas priorizações e adaptações a fim de manter as funções básicas, e, caso o problema não seja resolvido, culmina na morte do indivíduo.
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