A principal característica clínica neuronal das crises parciais ou focais é o aparecimento no eletroencefalograma de um padrão de atividade epileptiforme interictal, ou seja, uma onda pontiaguda. Isso se correlaciona com uma descarga celular de neurônios corticais denominada mudança de despolarização paroxística, caracterizada por despolarização prolongada dependente de cálcio, resultando no surgimento de múltiplos potenciais de ação mediados por sódio, seguidos por hiperpolarização proeminente além níveis basais de potencial de repouso.
A convulsão acontece quando há descargas elétricas anormais, em uma espécie de “curto circuito” no cérebro. Dependendo de onde essas descargas ocorrem, elas podem afetar a cognição e os movimentos da pessoa.
No caso da convulsão, as partes afetadas do cérebro são aquelas responsáveis pela movimentação dos músculos. Assim, os músculos do indivíduo passam a trabalhar de acordo com os sinais que o cérebro emite (que são confusos e não obedecem uma ordem), fazendo com que a pessoa perca controle sobre si mesma.
As convulsões do tipo epiléptica não têm nenhuma causa aparente, ocorrendo repentinamente. Já as não-epilépticas são provocadas por distúrbios ou condições que podem estar afetando o cérebro, como lesões ou infecções.
A convulsão parcial (focal) ocorre quando apenas uma parte do hemisfério cerebral sofre com descargas desordenadas de impulsos elétricos. Esse tipo de convulsão pode, ainda, ser classificado em subcategorias como a convulsão parcial simples e complexa:
Quando as descargas se dão em todas as áreas do cérebro, ocorre o que é chamado de “convulsão generalizada”. Essas convulsões podem ser primárias (descargas se iniciam na parte profunda central do cérebro e se espalham para os dois lados) ou secundárias (começam com uma convulsão parcial simples, que se espalha por todo o cérebro).
Nas convulsões generalizadas, podemos ver mais subcategorias, que são classificadas de acordo com a atividade muscular e partes do corpo afetadas:
Ocorre nas primeiras 24 horas de febre, sendo mais comum em crianças menores de 5 anos. É causada pelo aumento da temperatura corporal, que afeta a função cerebral e promove uma resposta incomum.
Felizmente, esse tipo de convulsão é inofensivo e costuma passar quando a febre é resolvida. No entanto, é importante que os pais tomem os cuidados necessários para que a criança não se machuque durante o ataque, além de levá-la ao médico o quanto antes para investigar e tratar a febre.
Causada por fatores psicológicos como neuroses, o tipo conversivo tem sintomas parecidos com os diferentes tipos de convulsão, mas não há alteração na atividade cerebral.
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Farmacologia Aplicada
•UNINASSAU RECIFE
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