Freud pensa a educação como possibilidades e limites para as relações entre a Psicanálise e a Educação. Diante de seus achados sobre a sexualidade e sua influência nas doenças nervosas, especialmente devido à repressão, Freud pensa a relação entre sexualidade e educação. Se as idéias incompatíveis são quase sempre de natureza sexual e intoleráveis ao Eu o que há que insuportável na sexualidade? A resposta irá levá-lo à moral e conseqüentemente à educação, pois é através desta que a moral de difunde, por exemplo, através das noções de pecado e de vergonha que se deve ter necessariamente diante das atividades sexuais.
Ao determinar as áreas da vida psíquica do indivíduo (Id, ego, superego), os estágios psicossexuais e os mecanismos de defesa, a base da teoria psicanalítica de Freud, podemos entender o papel da educação no desenvolvimento das potencialidades (físicas, afetivas, emocionais) e a apropriação do conhecimento desde a infância.
Sobre o desenvolvimento infantil Freud explica que, o id se desenvolve nos primeiros meses de vida da criança, ligadas a fase oral, quando o desejo e o prazer estão relacionadas na boca, na ingestão do alimento, ao seio materno, a mamadeira, ou seja, aos objetos do prazer. Durante a fase anal, quando o desejo e o prazer localizam-se nas excreções, brincar com tintas, manipular texturas de diversos tipos de materiais como areia, argila, massinha, tintas, e sujar-se tornam-se os objetos de prazer. Na fase fálica ou genital, onde o prazer está ligado as partes do corpo, ocorre o que Freud denomina “complexo de Édipo”, nessa fase nos meninos, a mãe se torna o objeto de prazer, e nas meninas, o pai. Há nessa fase, um conflito que se estabelece entre id e superego, partes inconscientes do ser. O superego censura as pulsões que a sociedade e a cultura pela educação (intervenções morais, interdições e deveres, regras de conduta, princípios, valores) impõem ao id, impedindo-o de satisfazer seus desejos e instintos. O ego, a nossa parte consciente, submetidas aos desejos do id e a repressão do superego, obedece ao princípio da realidade que impõem limites internos e externos. O ser humano sempre estará dividido entre o princípio do prazer (que não conhece limites) e o princípio da realidade, e a educação equilibrada tem um importante papel na formação de crianças felizes e, no futuro, adultos saudáveis.
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