Qual a diferença entre direito adquirido e ato juridico perfeito???
A diferença entre direito adquirido e ato jurídico perfeito está em que aquele emana diretamente da lei em favor de um titular, enquanto o segundo é negócio fundado na lei. ‘O ato jurídico perfeito, a que se refere o art. 153, § 3º [agora, art. 5º, XXXVI], é o negócio jurídico, ou o ato jurídico stricto sensu; portanto, assim as declarações unilaterais de vontade como os negócios jurídicos bilaterais, assim os negócios jurídicos, como as reclamações, interpretações, a fixação de prazo para a aceitação de doação, as comunicações, a constituição de domínio, as notificações, o reconhecimento para interromper a prescrição ou com sua eficácia (ato jurídico stricto sensu)’ Ato jurídico perfeito, nos termos do art. 153, § 3º [art. 5º, XXXVI], é aquele que sob o regime da lei antiga se tornou apto para produzir os seus efeitos pela verificação de todos os requisitos a isso indispensável. É perfeito ainda que possa estar sujeito a termo ou condição."
Espero ter ajudado :-)
O ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada são institutos jurídicos diferentes, mas que estão previstos na nossa Carta Maior no artigo 5º, XXXVI: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
É aquele realizado e acabado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou, uma vez que satisfez todos os requisitos formais para gerar a plenitude dos seus efeitos.
O ato jurídico perfeito gera proteção jurídica, e reveste de imutabilidade a situação jurídica que de boa-fé foi realizada dentro dos parâmetros legais.
"Art. 6º,§ 1º, LINDB: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou."
É o instituto jurídico concebido para conferir imutabilidade às decisões judiciais. Trata-se de um princípio germinado no direito romano, anterior mesmo à Lei das Doze Tábuas, que está alçado, em nosso ordenamento jurídico, à categoria de direito fundamental.
"Art. 6º, § 3º, LINDB: Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso."
Segundo Enrico Tullio Liebman: “coisa julgada é a imutabilidade do comando emergente de uma sentença”.
É um atributo da jurisdição. Divide-se a coisa julgada em formal e material, representando, a formal, a impossibilidade de modificar-se a sentença, no mesmo processo em que ela foi proferida, em razão de os prazos recursais terem precluído, enquanto a material é a imutabilidade dos efeitos da sentença proferida no processo, devendo ser respeitada não apenas pelas partes, como também por todos os juízes.
É a vantagem jurídica, líquida, lícita e concreta que alguém adquire de acordo com a lei vigente na ocasião e incorpora definitivamente, sem contestação, ao seu patrimônio.
"Art. 6º, §2º, LINDB: Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem."
Direito adquirido é aquele que a lei considera definitivamente integrado ao patrimônio de seu titular. Quando alguém, na vigência de uma lei determinada, adquire um direito relacionado a esta, referido direito se incorpora ao patrimônio do titular, mesmo que este não o exercite, de tal modo que o advento de uma nova lei, revogadora da anterior relacionada ao direito, não ofende o status conquistado, embora não tenha este sido exercido ou utilizado.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Introdução ao Direito I
•UNINASSAU CARUARU
Compartilhar