Como funciona a relação do receptor toll com a ativação do sitema imune adquirido? qual a relação?

Os receptores Toll contem um dominio extrecelular rico em repetições de aminoacidos, como leucinas e cisteinas. Essas repetições forman uma especie de gancho. Esse dominio extracelular se liga a componentes criticos dos patogenos, que por isso não existe muita variação. O receptor contem tambem um dominio de sinalização citoplasmatico, não é uma proteína quinase, mas srve de ancoragem as outras proteínas. Quando o patogeno se liga ao receptor toll, forma-se um dímero que leva a transdução de sinais.

Os receptores do tipo Toll são uma classe de receptores relacionados à imunidade inata localizados na membrana plasmática ou estruturas endossomais, estão presentes em células endoteliais, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B, além de outros grupos celulares. Esta classe de receptores possui a capacidade de reconhecer padrões moleculares e desencadear respostas pró-inflamatórias relacionadas aos mais variados tipos de patógenos que constantemente tentam fazer do organismo humano seu habitat e sua fonte nutricional.

Esta estrutura proteica (Toll) foi originalmente identificada como um gene da Drosophila melanogaster (popularmente conhecida como a mosca da fruta) e que estaria relacionado à sua embriogênese. Contudo, também foi descoberta a sua participação nas respostas antimicrobianas nestes organismos. Tempos depois, foram identificados os homólogos mamíferos do Toll, denominados, então, Receptores Semelhantes a Toll.

Quanto à sua estrutura, o TLR possui em sua região citoplasmática motivos repetidos ricos em leucinas flanqueados em um motivo de dobra rico em cisteína, que participam da ligação aos seus ligantes específicos (os PAMPs). Já sua cauda citoplasmática possui um domínio TIR responsável pela sinalização.

Por possuírem uma fisiologia complexa e mutagênica, esses seres desenvolveram diversas maneiras de subverter o sistema imunológico e os receptores do tipo Toll, favorecendo sua permanência e possível sucesso na colonização e estabelecimento de infectividade.