.
Fadiga geralmente é definido como um comprometimento na habilidade de produzir força muscular na presença de uma sensação de esforço. A fadiga pode ser atribuída à uma série de fatores ligadas a via motora, e pode ser dividida em central e periférica. A fadiga central ocorre devido à um declínio nos processos que ocorrem no SNC, já a periférica está relacionada diretamente à região muscular.
A fadiga periférica ocorre por exemplo nas contrações isométricas máximas de um grupo muscular único, como por exemplo em exercícios de musculação. Para atividades de longa duração, onde a intensidade é moderada ou leve, a fadiga central é predominante.
Um estudo com ciclistas avaliou em momentos diferentes os participantes completando as distancias de 4, 20 e 40km, no menor tempo possível. Eles foram avaliados em relação à função neuromuscular, além de avaliação cardiorrespiratória, lactato, potência e sensação de esforço. Uma maior fadiga periférica foi evidenciada no teste de 4km, no qual os atletas realizaram uma força significativamente maior, enquanto que a fadiga central foi maior nos 40km, com redução da ativação voluntária do nervo motor e redução do estímulo cortical.
Assim, a intensidade limite, que pode ser dado por um pace na corrida ou potencia na bike, marcam a barreira entre um exercício sustentável ou não em termos de fadiga periférica. Exercícios de alta intensidade levam à uma ruptura da homeostase intramuscular e desenvolvimento de fadiga local, impossibilitando sua manutenção por períodos mais prologados. Já nos exercícios de maior duração, nos quais a produção de lactato é aumentada porém estável, o grau de fadiga periférica é pequeno.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar