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como aplicar a pena base artigo 68 do cp

circunstâncias atenuantes e agravantes

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joão paulo dias

I - PRIMEIRA FASE: PENA-BASE - CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS

O juiz começa SEMPRE fixando a pena-base. O restante da pena será constuído sobre esse patamar encontrado aqui, na fase 1.?

Nesta etapa o juiz fixará a pena-base (inicial) DENTRO dos limite previstos no preceito secundário do tipo penal incriminador.

Se a previsão é de pena de 04 a 10 anos, p. Ex., a pena inicial deverá ser fixada entre 04 e 10 anos, não pode ser abaixo do mínimo previsto in abstrato, nem superior ao máximo previsto in abstrato.

CUIDADO : Em se tratando de crime qualificado, a pena-base deve partir do montante da pena previsto no tipo penal.

O crime qualificado é qualificado justamente porque tem uma pena só pra ele. Ex. Homicídio simples (6-20) homicídio qualificado (12-30). Pescaram essa?

São as seguintes circunstâncias judiciais a serem observadas quando da fixação da pena-base no Código Penal

 
 
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, a saber: 1. Culpabilidade; 2. Antecedentes; 3. Conduta social; 4. Personalidade do agente; 5. Motivos do crime; 6. Circunstâncias do crime; 7. Conseqüências do crime; 8. Comportamento da vítima.

 

As circunstâncias judiciais constituem um rol taxativo.

Não estando presentes as circunstâncias judiciais desfavoráveis ou não sendo possível apurá-las, a pena deve ser fixada no mínimo legal.

a) Culpabilidade: trata-se do grau de reprovabilidade e censura da conduta do réu. Na culpabilidade avalia a frieza e crueldade na execução do crime. Não se deve confundir esta culpabilidade com a pertencente ao substrato do crime (fato típico, ilícito e culpável);

b) Antecedentes do réu: refere-se à vida pregressa do agente, anterior ao crime. Inquérito policial arquivado, ou em andamento, ação penal em andamento, processo penal com absolvição, processo penal em andamento com decreto condenatório, passagem por atos infracionais, não geram maus antecedentes.

O que gera maus antecedentes são as condenações criminais transitadas em julgado incapazes de gerarem reincidência.

Caso ocorra um delito dentro do período de 05 anos da data do cumprimento da pena ou extinção desta, haverá reincidência, passados os 05 anos haverá maus antecedentes.

Os antecedentes devem ser comprovados por certidão cartorária judicial que tenha registrado a condenação transitada em julgado.

Súmula 241 STJ - A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.

Súmula 444 STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.

c) Conduta Social: refere-se ao comportamento do réu em seu meio familiar, social, profissional. É a relação e convivência perante a sociedade.

d) Personalidade do agente: É o caráter do delinqüente, o retrato psíquico deste. Está mais afeto à psicologia do que às Ciências Jurídicas. Na análise da personalidade do agente o juiz caso agrave a pena com base nesta deve fundamentar de forma concreta, sob pena de restaurar o direito penal do autor.

e) Motivos do crime: É o porquê, o motivo pelo qual, a razão do agente ter praticado o delito. Em tese, todo crime possui um motivo. Os crimes gratuitos são aqueles em que não se conhece o motivo, embora possua motivação.?

f) Circunstâncias do crime: O modo de execução refere-se ao modus operandi, forma de execução do crime. Os meios empregados relacionam-se ao instrumento utilizado na execução do crime. As circunstâncias de tempo e lugar referem-se ao local do cometimento do crime (ermo, p. Ex.) e às condições temporais, como o crime cometido no silêncio da noite, v. G. Salientamos que não se deve valorar o que se configure simultaneamente como circunstância legal, causa de diminuição ou aumento de pena, ou qualificadora, sob pena de ocorrer bis in idem.

g) Consequências do crime: são as consequências do crime, efeitos deste para a vítima, familiares e a sociedade.

h) Comportamento da vítima: refere-se à atitude da vítima, se provocativa ou facilitadora da ocorrência do crime. VITIMOLOGIA.

O Código Penal

 
 
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não diz em quanto o juiz deve aumentar ou diminuir a pena, em face das circunstâncias judiciais favoráveis e desfavoráveis, ficando a critério do juiz.

 

Todo aumento ou redução deve se dar de forma fundamentada, sob pena de nulidade.

Caso o juiz não fundamente, o Tribunal mandará voltar os autos anulando o cálculo da pena, e não a sentença.

A jurisprudência sugere 1/6, seja a circunstância judicial favorável ou desfavorável, já a melhor doutrina sugere 1/8, haja vista que temos para o Código Penal

 
 
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Comum 08 (oito) circunstâncias judiciais.

 

O ponto de partida do magistrado é o mínimo previsto para a pena in abstrato, e quando mais circunstâncias desfavoráveis houver, aproxima-se do máximo, caso contrário deve permanecer no mínimo.

 

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Thais Paes

perfeito!
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