A doutrina aponta 3 teorias para explicar o momento do crime. São elas, a saber: teoria da atividade, teoria do resultado e teoria da ubiqüidade ou mista.
A teoria da atividade considera que o crime foi praticado no momento da conduta comissiva ou omissiva.
Já a teoria do resultado reputa que o crime é perpetrado no momento da produção do resultado.
Por fim, a teoria da ubiqüidade ou mista considera o crime praticado no momento da conduta e no momento do resultado.
Segundo o aplaudido Prof. Fernando Capez, nosso Código Penal , quanto ao momento do crime, abraçou a teoria da atividade, que tem como conseqüência primordial a imputabilidade do agente que deve ser aferida no exato momento da prática do delito, pouco importando a data em que o resultado venha se efetivar. (CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal - parte geral. Volume I. 11ª Edição rev. e atual. - São Paulo: Saraiva, 2007, p. 67).
Para definir o tempo do crime utiliza-se três teorias: Teoria da atividade, teoria do resultado e teoria da ubiquidade. Na teoria da atividade adotada pelo nosso código penal a lei que será aplicada é a do momento da ação ou omissão ainda que o resultado (consumação) ocorra em outro dia/mês/ano. Na teoria do resultado a lei penal que seria aplicada era aquela do momento da consumação e não o da ação ou omissão. Na teoria da ubiquidade a lei que iria ser aplicada seria tanto o da ação ou omissão quanto o do resultado.
Tempo do crime
Art. 4º Código Penal - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (Teoria da atividade).
Para definir o lugar do crime também utiliza-se as três teorias acima descritas. Na teoria da atividade o lugar do crime vai ser somente o da ação ou omissão. Na teoria do resultado o lugar do crime será apenas o da consumação ou tentativa. Na teoria da ubiquidade adotada pelo nosso código penal o lugar do crime pode ser tanto o da ação ou omissão quanto o do resultado.
Lugar do crime
Art. 6º Código Penal - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (teoria da ubiquidade).
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