é a que ocorre em áreas de lesão. Essa área lesada pode apresentar uma predisposição para que ocorra a calcificação porque o microambiente é favorável. A ocorrência da calcificação distrófica tem muita relação com algumas formas de necrose (coagulativa, caseosa, enzimática do tecido adiposo: saponificação, liquefação). Tem relação também com áreas de hialinização (paredes de artérias, trombos, áreas de cicatrização), placas ateromatosas em artérias (favorece uma isquemia, uma turbulência sanguínea, trombose), fetos mumificados, tumores calcificantes (de folículos pilosos, fibroma calcificantes, meningiomas, etc.), degeneração de disco intervetrebal, parasitas mortos e/ou seus ovos (cisticercos, filária, Capillaria, ovos de Schistosoma, etc.).
Patogenia: A calcifiação distrófica acontece em áreas lesadas porque nesses tecidos (sobretudo nas necroses) ocorre o aumento da enzima fosfatase (enzima alcalina) que é muito importante porque faz a ligação do cálcio ao fósforo, formando o fosfato de cálcio. Outro fator importante é que nesse microambiente onde estará ocorrendo a calcificação, é o aumento da alcalinidade, esse aumento diminui a solubilidade do cálcio e esse cálcio menos solúvel vai precipitar, não de forma desorganizada, ele vai se ligar ao fosforo e vai ocorrer a mineralização.
Pequena correção: não existe descalcificação distrófica mas sim calcificação distrófica.
Como o próprio conceito enfatiza, a calcificação distrófica está relacionada com áreas que sofreram agressões e que estão em estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas.Sua patogenia ainda não está bem esclarecida; algumas teorias foram criadas em função dos fatores que regulam as calcificações normais, como a teoria dos sabões, aplicável para a ateroesclerose.
Esses fatores geralmente implicam a formação exagerada ou a secreção aumentada de fostato de cálcio e carbonato de cálcio, os quais são responsáveis pela formação inicial dos núcleo de calcificação. Os mais bem estudados são:
Fosfatase alcalina: Comumente observada nos processos normais de calcificação. Nos tecidos lesados é aumentada a sua liberação, o que facilita a formação de fosfato de cálcio.
Alcalinidade: nos tecidos necrosados, a alcalinidade está aumentada, provocando uma diminuição da solubilidade do carbonato de cálcio. Este, agora menos solúvel, precipita-se mais facilmente.
Presença de proteínas extracelulares: acredita-se que algumas proteínas, como o colágeno, possuem afinidade pelos íons cálcio, principalmente nos processos normais de calcificação. Em tecidos necrosados, essas proteínas podem estar "descobertas", mais livres para associação com o cálcio, estimulando a deposição destes sobre essa matriz protéica.
Portanto, a calcificação distrófica está relacionada com áreas que sofreram agressões e que estão em estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas.
fonte:http://143.107.240.24/lido/patoartegeral/patoartecal2.htm
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