- HIPERTROFIA: aumento do tamanho de um órgão em consequência do aumento das funções celulares, o que provoca aumento do tamanho delas, podendo ser por consequência de um aumento do suprimento de O2 e nutrientes, estimulação nervosa ou adaptação (maior exigência de trabalho)
- HIPERPLASIA: aumento do número de células/órgão por mitose acentuada, devido um aumento do aporte sanguíneo ou mudança da integridade funcional das células
- METAPLASIA: alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (
- ATROFIA: redução dos constituintes das células, que provoca a diminuição no volume celular, que se distingue da hipoplasia (atrofia numérica), onde ocorre a morte das células, reduzindo a população celular.
Nesta questão, devemos aplicar diretamente alguns conceitos de Patologia:
Vale observar que, na hipertrofia, não ocorre aumento do número de células, apenas de seu tamanho e volume; e
Pode ser:
Fisiológica: acontece em certos órgãos e em determinadas fases da vida como fenômenos programados;
Um exemplo é a hipertrofia que ocorre na musculatura uterina durante a gravidez (em que também ocorre hiperplasia).
Patológica: ocorre por exemplo no coração (por aumento da pressão arterial, por exemplo).
Neste caso, a parede cardíaca sofre hipertrofia concêntrica (aumenta para dentro, diminuindo a capacidade volumétrica do ventrículo).
Hiperplasia é o aumento do número de células de um órgão ou tecido (e não no volume individual de cada uma delas);
A multiplicação excessiva do número de células pode levar a um aumento de volume do órgão, o qual na maioria das vezes é benigno, mas deve ser visto com atenção por poder indicar um câncer; e
Pode ser:
Fisiológica: por sua vez, dividida em:
Compensatória: aquela na qual há aumento da multiplicação celular após um dano, e uma célula que inicialmente não se replicava sofreu um dano e passa a se replicar, ou uma célula que já se replicava sofreu um dano e passa a se replicar com maior intensidade;
Um exemplo é um fígado integro, onde todas a células estão em um estado de zero onde não se replicam, porém, quando ocorre uma lesão (especialmente lesão de ressecção, na qual se tira um pedaço do órgão, ou uma lesão que degenera uma porção do mesmo), geralmente aguda, o fígado passa a secretar moléculas sinalizadoras à sua volta, para promover a sua própria proliferação, então começa a se regenerar para voltar à sua estrutura normal.
Hormonal: Um exemplo clássico é o útero durante a gravidez, que sofre hiperplastia e hipertrofia a fim de comportar a futura criança;
Patológica: aquela em que não há nenhum estimulo, mas ocorre uma desregulação de secreção e sinalização hormonal.
Um exemplo clássico disso é a hiperplasia prostática benigna.
Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular de mesma linhagem;
É o resultado da reprogramação de células precursoras que se diferenciam ao longo de uma nova via;
O tipo mais comum é a de epitélio colunar para epitélio escamoso (ocorre no trato respiratório em resposta a irritantes crônicos); e
Pode ser:
Fisiológica: é uma resposta normal a condições alteradas e, em geral é transitória.
Um exemplo é a metaplasia escamosa.
Patológica: é uma resposta a uma toxina ou a um agente de estresse extrínseco e, em geral é irreversível.
Um exemplo é uma pedra no trato biliar que causa a substituição do epitélio cilíndrico secretor por estratificado (metaplasia escamosa do epitélio escamoso).
Atrofia é uma redução no tamanho da célula, devido à perda de substâncias celulares, representando uma forma de resposta de adaptação e podendo culminar em morte celular.
Pode ser:
Fisiológica: Um exemplo é quando o útero diminui de tamanho logo após o parto; ou
Patológica: depende da causa, podendo ser localizada ou generalizada. Alguns exemplos são:
Diminuição da carga (atrofia por desuso);
Perda da inervação;
Diminuição do suprimento sanguíneo; e
Nutrição inadequada.
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