É quando o poder de um Estado encontra-se limitado pelo direito, opondo-se ao Estado absolutista, onde monarca tinha o poder absoluto, independente de qualquer outro orgão e não era escolhido pelo povo. O Estado de direito passa a a supor que o poder surge do povo, capaz de escolher aqueles que iriam representa-los. Dá-se início a divisão de poderes (legislativo, judicial e executivo), figuras que antes o rei representava de forma só e que passam a ser autônomas.
Referindo-se ao Estado de Direito, o Professor Bernardo Gonçalves Fernandes ensina:
“Seu surgimento está ligado à ideia de limitação ao arbítrio os reis, marcando, desde a Magna Carta de 1215, uma dimensão processual – ou seja, o Estado deve se submeter a procedimentos legais e previamente fixados. Em seguida, absorveu a ideia de que as leis e os costumes deveriam compor a ordem jurídica, não abrindo espaço para arbítrios por parte do monarca. Por fim, essa noção ainda significa historicamente o dever do Executivo de se submeter a todos os atos do Parlamento (doutrina do ‘King in Parliament’). Além disso, na tradição dos EUA, muito se discutiu e assinalou a noção de ‘always under law’. Aqui, há um destaque na ideia de Estado de Direito do movimento constitucionalista e de sua defesa dos direitos e liberdades fundamentais. Tais liberdades estão inscritas na ordem constitucional como lógica inerente à ordem constituional. Além disso, afirma que há um dever de publicação das razões públicas que conduzem a qualquer decisão institucional, a fim de que estas possam não apenas compor o núcleo de conhecimento dos cidadãos/eleitores, como ainda sua esfera de aprovabilidade.”
(Curso de Direito Constitucional, 9ª Ed. Pg. 298)
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