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Como ocorre o Controle de Constitucionalidade?

O Controle de Constitucionalidade é um sistema de verificação da conformidade de uma lei (um ato, um decreto,etc) em relação à Constituição.

💡 5 Respostas

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Joyce Leonardo

Boa noite!

Bom, como bem está escrito na descrição, esse Controle de Constitucionalidade é um sistema de verificação de uma norma, de um ato, etc. Existem duas formas de controle: o preventivo e o repressivo. Partindo do pressuposto de que o órgão que exerce esse controle no Brasil é o Judiciário, a gente pode observar que existem duas formas da inconstitucionalidade: por ação, omissão, formal e material.

A forma da inconstitucionalidade por ação é a produção de atos legislativos e normativos que contrariem dispositivos constitucionais.

Já a forma omissão é a não-elaboração dos atos legislativos ou normativos que impossibilitem o cumprimento de preceitos constitucionais.

A inconstitucionalidade formal é aquela que ocorre quando o ato é produzido por autoridade incompetente ou em desacordo com formalidades legais.

A material é a proução de atos legislativos ou normativos que desrespeitem o próprio conteúdo das normas constitucionais.

Continuando, as formas de controle são exercidas em dois momentos: antes e depois da aprovação do ato legislativo ou normativo.

  • Preventivo: exercido antes da elaboração da lei. É exercido pelos poderes Legislativo e Judiciário
  1. Legislativo: Comissão de Constituição e Justiça/Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania
  2. Executivo: Veto do Presidente da República.
  • Repressivo: exercido após a elaboração da lei. A finalidade é retirar uma lei ou ato normativo inconstitucional da esfera jurídica. É exercido pelo Poder Judiciário mediante dois sistemas:
  1. Difuso: Exercido pelo Judiciário (Incidental/Via de defesa)

> O objeto da ação é a satisfação de um direito individual ou coletivo, sendo alegado de forma incidental a ofensa do ato legislativo ou normativo ao texto constitucional.

      2. Concentrado: Principal/Via de ação

> O objeto da ação é a própria declaração da inconstitucionalidade/constitucionalidade do ato legislativo ou normativo.

> O povo não tem legitimidade para propor ADin. (ação direta de inconstitucionalidade)

> É exercido por um órgão/cúpula

> Artº. 103 CF/88

> Será exercido pelo STF caso contrarie a Constituição Federal e será exercido pelos Tribunais de Justiça/Estado caso contrarie a Constituição Estadual.

Espero que tenha ficado claro, pois esta explicação é bem básica, sugiro que você procure alguns livros e PDFs para ter um entendimento mais profundo sobre. 

Créditos: não tenho o link do resumo, infelizmente! Mas as últimas partes com o > são anotações da minha professora de Ciência Política. 

 

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Julianna Tavares

o controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade das leis e atos normativos com a Constituição. Para que haja controle, são necessários alguns preceitos, que são: supremacia da Constituição, a mesma precisa ser rígida e escrita e é necessário um orgão competente para tal. Se uma lei ou ato normativo não estiver em consonancia com a CF, ou fira seus princípios, será considerada inconstitucional.

A inconstitucionalidade pode dividir-se em formal e material. A formal, o vício está no processo legislativo, no decorrer do processo de criação. Já a material, o vício se encontra no proprio texto normativo.

O controle de constitucionalidade desdobra-se em preventivo e repressivo, onde o primeiro previne que uma lei/ato infraconstitucional entre em vigor. Esse controle geralmente é realizado pela Comissão de Constituição e Justiça ou por veto juridico. Já o repressivo ocorre quando a lei já existe, e divide-se em Controle difuso e concentrado.

O controle difuso, ou americano, da autonomia a todo e qualquer tribunal de declarar a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo perante um caso concreto. Os efeitos desse modelo são interpartes, ou seja, os efeitos recairão apenas sobre as partes do processo. Além de inter partes, esse modelo possui efeitos EX TUNC, ou seja, retroagirá. Aqui qualquer pessoa poderá pedir a verificação de inconstitucionalidade.
Já no controle de constitucionalidade concentrado, ou europeu, a verificação de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo é realizada por um único orgão competente e exclusivo para isso, que são os Tribunais Constitucionais. Aqui, diferentemente do modelo difuso, o controle é realizado diante um caso abstrato. Seus efeitos são Erga Omnes e EX NUNC, logo não retroagirá. A verificação se da por meio de ações diretas, no Brasil, como o ADI, ADO, ADPF, ADC.

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DLRV Advogados

O controle de constitucionalidade é um mecanismo de correção de um ordenamento jurídico que consiste em um sistema de verificação da conformidade de um ato em relação à Constituição.

Segundo Ronaldo Poletti, "o tema do controle de constitucionalidade das leis, baseado no principio da supremacia da Constituição, implica colocar a Carta Magna acima de todas as outras manifestações de Direito, as quais, ou são com ela compatíveis ou nenhum efeito devem produzir."

Existem os tipos de inconstitucionalidade, que são:

  • Por omissão;
  • Por ação:
  1. Por vício formal (nomodinâmica): orgânica, propriamente dito, ou por violação de pressupostos objetivos;
  2. Por vício material (nomoestática);
  3. Por vício de decoro parlamentar;

Existem as espécies de controle de constitucionalidade:

  • Quanto a natureza do órgão:
  1. Político: declarada pela CCJ, ou veto jurídico presidencial;
  2. Judicial;
  • Quanto ao momento:
  1. Preventivo: a priori. Ex. declarada pela CCJ, ou veto jurídico presidencial.
  2. Repressivo: a posteriori. Ex. feita pelo judiciário em sede de ADIn.
  • Quanto ao órgão:
  1. Difuso: Aquele exercido por qualquer juiz ou tribunal. 
  2. Concentrado: Feito apenas por um órgão. No Brasil, o STF julga as 5 espécies de controle concentrado: ADC, ADIN, ADIN por omissão, Ação Direta Interventiva, e ADPF.
  • Quanto à forma ou modo:
  1. Pela via incidental/Concreto: é um caso concreto, no qual há, na causa de pedir, análise da constitucionalidade.
  2. Pela via principal/Ação direta/Abstrato: a constitucionalidade é o objeto do processo, analisada no pedido.

O controle difuso é feito diante de um caso concreto, que traz em sua causa de pedir um pedido de inconstitucionalidade. Aqui o controle de constitucionalidade é incidental. Analisa-se a inconstitucionalidade na causa de pedir, e depois o pedido. Desta forma, tal tipo de inconstitucionalidade pode ser alegada à qualquer juiz ou tribunal.

Ex. Em um caso no qual esta se discutindo um litígio empresarial, o polo ativo, pedindo o reconhecimento de inconstitucionalidade de uma norma, requer a resolução de um contrato.

Quanto ao controle concentrado, este é feito ante o STF, por determinação constitucional. A norma é abstratamente contestada, seja na forma de ADC, ADIN, ADIN por Omissão, Ação Direta Interventiva, ou ADPF. O pedido de inconstitucionalidade se dá no pedido.

Neste caso, não há litígio entre duas partes. Há apenas a alegação de inconstitucionalidade/constitucionalidade de uma norma.

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