O filme “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, de 2010, dirigido por Christophe Beck, tem como base o livro de mesmo nome, primeiro livro de uma série escrita por Rick Riordan. Neste contexto, o filme apresenta a vida do adolescente Percy Jackson, que é retratado como um garoto problemático, o que só piora quando ele descobre que é um semideus, ou seja, filho do deus grego Poseidon (deus dos mares e oceanos) com uma mulher humana. A saga apresenta problemas do século XXI conjugados com os problemas da mitologia grega, que se mostra necessária para a compreensão da situação de Percy.
Deste modo, o destino de Percy está ligado à interpretação que os gregos da antiguidade davam a ele. Para a mitologia grega existem três irmãs deusas, chamadas moiras, que determinavam o destino de todos, tanto dos deuses quanto humanos, ou seja, todos estavam subordinados a elas. As moiras são representadas como três velhinhas que usam um tear, ou Roda da Fortuna, que fabricam, tecem e cortam o fio da vida de todos os indivíduos, determinando a boa e a má sorte de todos. O destino aqui é determinado, ou seja, não é possível infringir o que as moiras estabeleceram para não mexer com a harmonia do cosmos, do mundo.
Portanto, apesar das moiras não aparecerem no filme, no livro elas moram entre os mortais e vendem frutas na beira da estrada e Percy avista uma delas cortando um fio. Isso dá a entender que o fio da vida desta pessoa se desligou do tear, dando margem para que o destino não fosse determinado, mas estaria aberto para que aquela pessoa fizesse sua própria sorte. Entretanto, as moiras controlam todo o destino segundo a mitologia grega, e o destino de Percy está atado à Roda da Fortuna das moiras, o que percebemos ao notar as consequências na vida de Percy quando ele é acusado de ter roubado um raio precioso do Monte Olimpo e, para não ser condenado pelo crime, ele se vê impelido a capturar o verdadeiro ladrão.
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