REFORMA DA CLT
Consta ação no STF questionando a respeito (ADI 5.806), mas acredito que não vá passar. Contanto que a hora paga não fira o salário mínimo por hora e dia, infelizmente não vejo prosperar o pleito.
Aproveitando o gancho do colega Marcelo, destaco que o Trabalho Intermitente vai de fronte aos requisitos caracterizadores da relação de emprego, mais especificamente, a não eventualidade ou habitualidade, pois o trabalho intermitente há a necessidade de pausas!
Não há ainda uma manifestação oficial do STF que foi questionado sobre o tema nas ADIs 5806 e 5826, contudo as partes argumentaram pela inconstitucionalidade segundo os seguintes argumentos:
Na argumentação pela inconstitucionalidade do trabalho intermitente, os advogados da Fenepospetro (Escritório Gherardi e Raeffay) registram, inicialmente, que “não há, para esta modalidade contratual, a previsão de jornada fixa nem de quantidade de horas a serem trabalhadas diária, semanal ou mensalmente”.
E acrescentam: “Muito embora o contrato intermitente tenha sido introduzido em nosso ordenamento jurídico pela Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/17) – sob o pretexto de ‘ampliar’ a contratação de trabalhadores em um período de crise que assola o país – na realidade propicia a precarização da relação de emprego, servindo inclusive de escusa para o pagamento de salários inferiores ao mínimo constitucionalmente assegurado e que não atendem às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, especialmente para moradia, alimentação, educação, saúde e lazer”.
Ainda conforme a petição inicial, “notoriamente, o que se visa com o contrato de trabalho intermitente é o favorecimento da atividade empresarial em detrimento do trabalhador que é a parte hipossuficiente da relação de emprego, ficando clara a chamada coisificação da pessoa humana, denunciada desde a época da Revolução Francesa”.
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