publicização do direito privado é dar caráter de interesse público ao interesse particular das relações jurídicas, por exemplo: a função social de uma propriedade, regular o impacto ambiental de uma propriedade privada.
A constitucionalização e a publicização do direito privado são fenômenos sócio-jurídicos.
Desde a II Guerra Mundial, o mundo passou por um processo de constitucionalização do Direito como um todo. No Brasil, podemos observar claramente esse processo: até a metade do século passado, o ordenamento jurídico era baseado no Código Civil, não na Constituição.
Em inúmeras aulas e palestras, o prof. Luís Roberto Barroso (hoje ministro do STF) lembra que, em outras épocas, quando se queria diminuir uma questão, dizia-se "isso é meramente constitucional". Tanto assim o era que a lei de regência do Direito brasileiro era a Lei de Introdução ao Código Civil (DL 4.657/1942 - hoje denominada Lei de Introdução ao Direito Brasileiro, LINDB).
Com o passar do tempo, a Constituição passou para o centro do ordenamento jurídico, de modo que tudo que tenha relevância no mundo do Direito, qualquer ato normativo, passa obrigatoriamente pelo crivo da análise da (in)constitucionalidade, inaugurando a escola de direito civil-constitucional, segundo a qual a norma não deixa de ser de direito privado, mas direito privado interpretado conforme a Constituição.
Por seu turno, a Publicização do Direito Privado está atrelada à intervenção do Estado na esfera dos interesses privados e se justifica em razão da proteção dos hipossuficientes e da função social das relações negociais. Ex.: normas de direito do consumidor.
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