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Qual é a diferença entre os princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade?

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As oportunas são as lições doutrinárias de Cezar Roberto Bitencourt diz que:

“O princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. Se outras formas de sanções ou outros meios de controle social revelarem-se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização será inadequada e desnecessária. Se para o restabelecimento da ordem jurídica forem suficientes medidas civis ou administrativas, são estas que devem ser empregadas e não as penais. Por isso, o direito penal deve ser a ultima ratio, isto é, deve atuar somente quando os demais ramos do direito revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a bens relevantes na vida do indivíduo e da própria sociedade.”

Já o caráter subsidiário do Direito Penal, diz:

“A proteção de bens jurídicos não se realiza são mediante o Direito Penal, senão que nessa missão cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico. O Direito Penal é, inclusive, a última dentre todas as medidas protetoras que devem ser consideradas, quer dizer que somente se pode intervir quando falhem outros meios de solução social do problema – como a ação civil, os regulamentos de polícia, as sanções não penais, etc. Por isso se denomina a pena como a ‘ultima ratio da política social’ e se define sua missão como proteção subsidiária de bens jurídicos.”

Por fim, considerando a subsidiariedade do direito penal frente aos outros meios de proteção previstos no ordenamento jurídico, este somente deve intervir quando as demais soluções, extrapenais, não solucionarem, a contento, o conflito posto à apreciação.

O princípio da fragmentariedade, é uma das características do princípio da intervenção mínima, juntamente com a subsidiariedade. O penalista refere, também, que a fragmentariedade é uma consequência da adoção de três princípios (intervenção mínima, lesividade e adequação social), e não somente de um deles (o da intervenção mínima).

Referência

https://www.meuadvogado.com.br/entenda/o-principio-da-fragmentariedade-e-a-intervencao-minima-no-direito-penal.html

https://marciowidal.wordpress.com/2013/08/05/breves-apontamentos-relacao-entre-os-principios-da-intervencao-minima-subsidiariedade-fragmentariedade-adequacao-social-e-insignificancia/

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Diego da Mota Borges

Ambos são afetos ao Direito Penal. A diferença está no seu objetivo. Pelo princípio da fragmentariedade deve-se entender que o Direito Penal deve atuar só na proteção de alguns bens, dai a ideia de fragmentar os bens jurídicos e se verificar quais merecem proteção penal. Já o princípio da subsidiariedade determina que o Direito penal atue co soldado reserva, ou seja, quando o direito administrativo ou civil, por exemplo, não forem aptos a proteger eficazmente. Essa é a diferença, o objetivo, mas não há dúvidas que estes princípios se relacionem. Espero ter ajudado.
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