O balanço do legado do período imperial no que toca à educação não é muito alentador. Se considerarmos que “no Império estão as raízes da República”, as principais características que prevaleceram foram a baixa qualidade de nossa educação e a predominância de uma pedagogia tradicional, fruto da influência conservadora da mentalidade católica brasileira. Em vários aspectos, esta mentalidade resistiu durante o período republicano até a segunda metade do século XX.
A educação, no período monárquico além de ser restrita às elites, também tinha um caráter racista, uma vez que com a extinção da mão de obra escrava, os negros não tinham direito a educação escolar em regiões como o Nordeste. Assim, a educação objetivava a formação de representantes políticos, o que contribuía para discriminar o culto do inculto assim como a nobreza em relação aos seus súditos.
O governo imperial, cônscio de sua impossibilidade política ao delegar a sua responsabilidade com o ensino primário à aristocracia rural brasileira, estava aceitando, passivamente o atraso.
O ensino secundário – estágio intermediário entre o ensino fundamental e o ensino superior - no Brasil monárquico era dirigido à elite econômica que almejava inserir o seu filho na carreira política. A escola secundária era restrita àqueles que podiam pagar por esse ensino oferecido sob regime de internato.
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