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relatorio final de estagio em pedagogia

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Karen Frello

1 PARTE I: PESQUISA

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: Alfabeto Bichonário – Para cada letra do alfabeto um animal

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O letramento é um fenômeno de natureza social e destaca as características sócio-históricas, ao se adquirir um sistema de escrita por um grupo social.

Para que se tenha uma aprendizagem fértil e produtiva o ponto de partida deverá ser o estimulo. Considerando que as crianças em idade pré-escolar trazem consigo um conhecimento prévio de sua história cabe ao educador estudante e estagiário de Pedagogia adequar às atividades de acordo com o nível de aprendizagem da sua classe.

Com base nos Parâmetros Nacionais para a educação infantil, este projeto traz uma proposta interdisciplinar composta de sugestões de atividades voltadas para a aquisição das habilidades e competências, indispensáveis na formação do educando.

Observando o interesse das crianças pelos animais e sentindo a necessidade que os alunos apresentavam com relação às letras, daremos continuidade ao projeto já iniciado pela professora regente. O projeto baseia-se na nova perspectiva do processo educativo, denominada como pedagogia de projetos.

Este trabalho está fundamentado pela visão construtivista da aprendizagem, que parte da valorização das questões ou situações reais, concretas e contextualizadas, que interesse de fato a turma. A prática consiste na investigação da psicogênese da escrita da criança, levando em conta a reflexão e intervenção pedagógica a partir dos dados revelados pelo aluno.

A proposta do projeto favorece um trabalho que valorize o desenvolvimento da inteligência, que são determinadas pelas ações mútuas do indivíduo com o meio, como também possibilita a prática interdisciplinar dos conteúdos, assim como prioriza uma aprendizagem de descobertas, visando provocar o desejo, o interesse de aprender e ensinar algo que faça sentido ao aluno.

É uma atividade intencional que possibilita um processo educativo, onde a turma torna-se co-responsável pelo trabalho, tendo como característica principal a autenticidade. Esta prática educacional visa à construção do conhecimento do aluno em diversas áreas, capacitando-o a compreender, intervir, raciocinar, inventar, criar e adquirir habilidades para o processo de construção da leitura e escrita.

1.2 OBJETIVOS

Objetivo Geral

- Criar um ambiente que promova ações e situações reais, concretas que desperte o interesse do aluno sobre os animais por meio de investigações, oportunizando o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias nesta fase, como também incentivar para a construção do processo de leitura e escrita.

Objetivos Específicos:

- Conhecer as diferentes espécies de animais existentes no nosso Planeta e associá-los as letras do alfabeto;

- Descobrir e conhecer progressivamente os animais ao seu redor;

- Conhecer e explorar os diferentes tipos de animais e classificá-los; 

- Descobrir o modo de vida e as características dos animais, habitat e alimentação;

- Pesquisar em diversas fontes, como livros, revistas, Internet e outros;

- Reconhecer a importância dos animais para a Natureza;

- Identificar e quantificar aquilo que podemos contar no corpo dos animais;

- Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento de mundo;

- Entender a figura de uma mascote;

- Trabalhar raciocínio e lógica;

- Desenvolver percepção visual e auditiva;

- Identificar cores e ampliar vocabulário;

- Reconhecer e identificar as letras do alfabeto, a partir dos nomes dos animais pesquisados;
- Brincar, imitar, inventar e reproduzir criações referentes aos animais.

1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A educação é um meio de promover o ser humano, para que ele possa ser pertencente e atuante de uma sociedade, transformando sua realidade como sujeita crítico, político e conhecedor do mundo.

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

(CARNEIRO, 2009 p.31)

Segundo a LDB 9.394/96, nos Artigos 29 e 30, a Educação Infantil, é a primeira etapa da educação básica, e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em todos os seus aspectos, seja ele físico, psicológico, intelectual e social. Deve ser ofertada em creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade e pré-escolas, para as crianças de quatro até seis anos de idade. Com a alteração do Artigo 32 modificado pela Lei nº 11. 274 de 2006, que altera o Ensino Fundamental de 8 (oito) anos para 9 (nove) anos de duração, a criança que tiver seis anos de idade completos, deve estar obrigatoriamente no 1º ano do Ensino Fundamental

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos.

§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.

§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizada como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

§ 5o  O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado. (BRASIL, 2007).

Atualmente há grandes investimentos na educação infantil com impacto direto sobre os profissionais, inclusive sobre a formação acadêmica, pois o,

“...reconhecimento deste direito afirmado na Constituição de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na LDB de 1996 está explícito nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e no Plano Nacional de Educação. Isso tem consequências para a formação de professores e as políticas municipais e estaduais que, com maior ou menor ênfase, têm investido na educação infantil como nunca antes no Brasil” (KRAMER, 2006, p.798).

De acordo com RCN (Referencial Curricular Nacional) volume 3,  são estabelecidos para as faixas de quatro a seis anos que os temas abordados em sala, deverão ser aprofundados e ampliados com a intenção de desenvolver o interesse e a curiosidades pelo mundo social e natural. É nessa fase que os aspectos lúdicos são indispensáveis, pois está na sua interação com os objetos, implicando nas suas relações com o mundo, e não somente nos jogos e brincadeiras.

Segundo KRAMER (2006 p.13) “a infância é entendida, por um lado, como categoria social e como categoria da história humana”, englobando aspectos que vão afetar também durante a adolescência. “Por outro lado, infância é entendida como período da história de cada um, que se estende, na nossa sociedade, do nascimento até aproximadamente dez anos de idade, ”p. 14.

A função pedagógica da pré-escola envolve o favorecimento de novas aprendizagens, considerando as crianças como parte da totalidade que as envolve. Todas as atividades desenvolvidas nessa etapa de ensino precedem, de alguma forma, a aprendizagem das técnicas de leitura e escrita e, sem dúvida, beneficiam o processo de alfabetização.

Nesse sentido:

Se as atividades realizadas na pré-escola enriquecem as experiências infantis e possuem um significado real para a vida das crianças, elas podem favorecer o processo de alfabetização, quer em nível do reconhecimento e representação dos objetos e das suas vivências, quer a nível da expressão de seus pensamentos e afetos (ABRAMOVAY; KRAMER, 1987, p. 37).

A alfabetização é definida por Soares (2004) como “a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever”. Isto é, de acordo com ela, uma pessoa alfabetizada é aquela que “adquiriu as tecnologias do ler e escrever de modo a envolver-se nas práticas sociais de leitura e escrita”. Nesse sentido, tornar-se alfabetizado traz consequências sobre o indivíduo, alterando o seu estado ou condição social, uma vez que “a introdução da escrita em um grupo até então ágrafo tem sobre esse grupo efeitos de natureza social, cultural, política, econômica, lingüística” (SOARES, 2004). O “estado” ou “condição” que o indivíduo ou grupo social passa a ter sob o impacto dessas mudanças é que é designado por letramento (SOARES, 2004).

2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO

2.1 METODOLOGIA

Quando se começa a estudar a teoria que existe sobre a ação, é possível não repensar a prática educativa em sala de aula. No entanto, quando a mudança é imposta sem uma discussão, sem “tempo”, sem vivencias que permitam uma fundamentação, que ao menos se acredite, como garantir que uma proposta foi internalizada pelos educadores? Ouve-se muito, que se deve partir dos conhecimentos prévios da criança, da sua história de vida, chega-se a conclusão de que e necessário ter a mesma postura quando se diz respeito ao educador.

Os métodos que desencadeia a aprendizagem oportunizar ao educador a aquisição de informações que facilita o conhecimento individual, no processo de construção e do intercambio entre educador, educando e estagiário. E nesse processo de construção se caracterizam os muitos modos de lidar com os conteúdos, conhecimentos, tempo e espaço que organizam a escola, está o que se chama de organização discursiva.

Essa organização se expressa no movimento discursivo das aulas - falando, ouvindo, escrevendo, lendo, das mais variada maneira, e também no padrão de texto que caracteriza a escola e são produzido por ela: conversas, rodinha, diário de classe, cronogramas, projeto de trabalho, exercícios e seu enunciados, relatórios, plano de curso de aula, programas, livro didático, entre outros. Uma organização discursiva deve fazer parte da cultura escolar e exercer um papel relevante nos processos de ensinar e aprender.

Sabemos que cada estagiário deverá contribuir para o desenvolvimento das atividades pedagógicas programadas pelo professor, sem comprometer o andamento das atividades das unidades escolares. Todos os conteúdos programáticos desenvolvidos pelos estagiários estarão em compatibilidade com a seqüência da programação do professor titular da disciplina.

O estagiário será instruído pelo Professor-Orientador para repassar continuamente informações de todas as atividades desenvolvidas ao Diretor da Escola e ao Coordenador Pedagógico. Ainda assim, relembramos que cada atividade desenvolvida na Escola ficará sob a exclusiva responsabilidade do estagiário.

Caso haja qualquer divergência, como por exemplo, caso haja discordância entre o "Plano de Ação" do estagiário com o "Projeto Político Pedagógico" da Escola, a Direção ou Coordenação deverá notificar o Professor-Orientador para que proceda às adequações necessárias.

Trabalhar não é exclusivamente transformar um objeto em alguma outra coisa, em outro objeto, mas é envolver-se ao mesmo tempo numa práxis fundamental em que o trabalhador também é transformado por seu trabalho. Em termos sociológicos, dir-se-á que o trabalho modifica profundamente a identidade do trabalhador: o ser humano torna-se aquilo que se faz. (TARDIF, LESSARD, 2007, p. 28)

2.2 CRONOGRAMA

REFERÊNCIAS

ABRAMOVAY, Miriam; KRAMER, Sônia. O rei está nu: um debate sobre as funções da pré-escola. Cadernos Cedes, São Paulo, n. 9, p. 27-38, 1987.

BRASIL. LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, 1996. MEC

_________. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SET, 1998. Volume I: Introdução; volume 2: Formação social; volume 3: Conhecimento do mundo.

______. Leis, decretos, etc. Lei nº. 11.274/2006. Altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensivo artigo a artigo . 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 213 p. ISBN 8532619665.

KRAMER, Sonia. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantil e/é fundamental. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 797-818, out. 2006. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em 01/12/2017.

_________. Sonia. A infância e sua singularidade: Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Ministério da Educação.  Secretaria de Educação Básica. Departamento de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O Trabalho Docente. 3ª ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

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Layane Oliveira

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