Qual a Diferença entre Sociologia do Direito e Sociologia Jurídica ?

Não existe diferenças; são sinônimos.

A sociologia do direito (ou Sociologia Jurídica) é um ramo da sociologia que busca descrever e explicar o fenômeno jurídico como parte da vida social. A sociologia encara o direito não como um conjunto de normas, mas como um conjunto de ações reais de seres humanos. 

Realmente, não existe diferença, mas observe o seguinte:

Na verdade existe uma diferença de concepção entre Sociologia Jurídica ou do Direito e Sociologia no Direito. A Sociologia Jurídica ou Sociologia do Direito propõe que esta ciência é externa ao direito, preciso confirmar, mas parece a leitura kelseneana que o Direito é autônomo e não permite a interferência das outras ciências. A Sociologia Jurídica ou do Direito apenas pode analisar o fenômeno social jurídico sem a interferência no funcionamento e decisão. Essa linha de pensamento acredita na imparcialidade dos juízes.

A Sociologia no Direito é uma leitura que invoca a necessidade do jurista usar da Sociologia na sua decisão, essa leitura é zetética, utiliza as outras ciências na tomada de decisão, diz ao juiz que a sua decisão é influencida pelo seu óculos social.

Esta é a minha leitura.

A sociologia do direito opta por fazer uma análise externa do sistema jurídico, seus adeptos a colocam com o ramo da sociologia. Para ela, o direito deve permanecer afastado de outras ciências como forma de manter sua autonomia frente a outras ciências humanas, ou seja, os pesquisadores adeptos desta teoria consideram que a sociologia jurídica não pode ter uma participação ativa dentro do direito.

A sociologia no direito adota uma perspectiva interna com relação ao sistema jurídico. Os seus adeptos contestam a exclusividade de um método jurídico tradicional, afirmando que a sociologia jurídica deve interferir ativamente na elaboração, no estudo dogmático e inclusive na aplicação do direito. Não há uma ciência jurídica autônoma porque o direito ademais dos métodos tradicionais, também emprega ou deve empregar métodos próprios das ciências sociais. Essa perspectiva rompe com a idéia Kelsiana de que o direito “é a norma e a relação entre as normas”, assim como não coaduna com a idéia de imparcialidade ou neutralidade do jurista.