mobilidade social está intimamente relacionada aos tipos de estruturas sociais, ou seja, numa sociedade estamental (definida pelos estamentos), característica do período feudal medieval, a pirâmide social não permitia a mobilidade social.
Assim sendo, naquele período, se o indivíduo nascesse dentro de uma família nobre, ele morreria nobre; da mesma maneira ocorria para os outros estamentos, ou seja, os servos, que trabalhavam para os senhores feudais, não possuíam a possibilidade de se tornarem de outro grupo.
A estrutura da sociedade estamental na Idade Média estava baseada no sistema feudal, o qual permitia os senhores das terras (denominados de senhores feudais), utilizarem da força de trabalho dos servos, que por sua vez realizavam as tarefas em troca de proteção e alimentos, entretanto, possuíam uma qualidade de vida muito inferior em relação aos outros estamentos, definidos hierarquicamente por: Rei-Nobreza-Clero-Povo.
No entanto, esse panorama muda com a decadência da Idade Média e o início da Idade Moderna. Nesse sentido, vale ressaltar que no período denominado Baixa Idade Média (XI-XV), a Europa passava por diversas transformações no universo político, econômico, científico, social e cultural, posto que o comércio se intensificava cada vez mais, com o surgimento de novas rotas marítimas, as Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo.
Além disso, os servos dos feudos, insatisfeitos com essa “imobilidade social” passaram a frequentar locais mais próximos das cidades amuralhadas medievais (denominadas burgos), com o intuito de adquirir uma vida melhor. Note que, os burgos anteriormente faziam parte dos bens dos nobres e senhores feudais, que o consideravam um centro administrativo e religioso.
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