B.S.P.S, 42 anos, militar. Estava em treinamento físico por três meses, quando sofreu trauma na mão direita, enquanto disputava o jogo de cabo de guerra. O paciente não bateu ou caiu com o apoio da mão, apenas fez força de compressão e arrasto na corda. Apresentou dor súbita e fraqueza na palma da mão direita, dando descontinuidade ao treinamento.
O que ocorreu com o paciente? Explique o mecanismo de reparo natural cirúrgico e fisioterapêutico
2 técnicas para redução de fraturas: direta ou indireta.
O termo redução direta implica que a área de fratura seja cirurgicamente exposta ou já esteja amplamente aberta. A redução dos fragmentos de fratura é feita pela aplicação de forcas e momentos dirigidos à vizinhança da zona de fratura.
Nos padrões simples de fraturas diafisárias, a redução direta é tecnicamente fácil e o resultado é fácil de controlar.
Em fraturas diafisárias mais complexas, a abordagem clássica das técnicas de redução direta pode induzir a tentativas malguiadas de expor e fixar cada fragmento individual. O uso repetido de pinças de osso e de outras ferramentas de redução pode desvitalizar completamente os fragmentos na área cominuitiva, o que pode ter conseqüências desastrosas para o processo de consolidação, incluindo consolidação retardada, ausência de consolidação, infecção ou falha do implante.
O termo redução indireta implica que as linhas de fratura não são diretamente expostas e vistas, e que a área de fratura permanece coberta pelas partes moles circundantes.
Na prática, a redução correta pelas técnicas indiretas é muito mais difícil de se obter. Isso requer a avaliação exata da lesão de partes moles, a compreensão do padrão de fratura e um planejamento pré-operatório meticuloso, necessita de uso de intensificador de imagens ou de radiografia transoperatória. Em termos biológicos, oferecem enormes vantagens porque causam lesão cirúrgica mínima aos tecidos já traumatizados pela fratura.
Vamos precisar realizar uma séria de procedimentos para reaver as funções motoras do membro.
O primeiro procecimento cirurgico, consiste na colocação do garrote pneumático, é feita incisão interessando o punho, entre o osso pisiforme e o gancho do hamato . Foi realizada a dissecção do ligamento palmar do carpo e visualizou-se o ligamento piso-hamato que se encontrava espessado. Realizou-se a secção completa deste ligamento e foi verificada uma área de provável compressão (pseudoneuroma) com aumento da espessura do nervo.
Feita a descompressão adiante no ramo profundo do ulnar, não foram verificadas deformidades, tais como calos ósseos, mau alinhamento de possíveis fraturas do pisiforme ou hamato, cistos ou tumores. Optou-se por não realizar epineurólise pelo fato de a compressão ter sido acarretada por alterações nos ligamentos e tecidos circunjacentes. O paciente foi reavaliado, 12 meses do procedimento cirúrgico e após fisioterapia, com recuperação quase completa da força muscular e ausência de hipotrofia
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