Isso porque o direito à vida possui tratamento e status de direito fundamental. O caput do art. 5º da Constituição Federal estabelece que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida (...)"
Creio que não. Porquanto, o individuo, como cidadão, possui deveres com o Estado, e não apenas direitos. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a área de extensão dos Direitos Fundamentais, isto é, estes não são absolutos, possuem limites pertinentes a sua aplicação. Não se deve cometer o engodo de interpretar os referidos direitos de forma ilimitada, pois deste modo permitiria que tais direitos fossem utilizados como verdadeiros escudos, como proteção para a prática de atos ilegais, ou para não cumprir obrigação imposta a todos, senão de forma alternativa, como é o caso do alistamento obrigatório. Mediante a interpretação ilimitada em relação aos direitos fundamentais, qualquer sujeito conseguiria se eximir de cumprir o seu dever com o Estado, alegando violação à sua vida devido o vernáculo utilizado pelo juramento militar.
Mediante a interpretação do juramento em questão (Defender o Brasil, nem que seja com o sacrifício da própria vida) é possível inferir que a frase em questão está referindo a um período de guerra, assim, o Estado que está nesta situação deve mudar completamente a sua forma de organização, incluindo a própria legislação. Por isso que, em tempo de guerra, o soltado que fugir da batalha é condenado a morte no Brasil, violando, teoricamente o direito à vida.
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