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O juramento militar de "DEFENDER O BRASIL, NEM QUE SEJA COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA", não contraria o direito fundamental e inviolável à vida?

Isso porque o direito à vida possui tratamento e status de direito fundamental. O caput do art. 5º da Constituição Federal estabelece que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida (...)"

💡 7 Respostas

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Estudante PD

Boa noite, Julio César! Sua pergunta além de muito boa, também é motivo para muai discussão. O Direito à vida além de fundamental, é pré-requisito para o exercício dos demais direitos, sejam fundamentais ou não. Outra característica importante do Direito à vida é que este é indisponível. O militar ao proferir tal juramento, estaria aceitando a hipótese de abdicar do direito a vida? No meu entendimento, não. Primeiro porque o juramento militar não é um contrato, tampouco está no regulamento do exército ou..
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Estudante PD

De qualquer Polícia Militar de nenhum Estado Federado. Além do mais, o militar não é obrigado a prestar o juramento, ele faz parte de uma formalidade que é executada nos eventos militares. O juramento militar é simplesmente um ato que tem a intenção de mostrar aos próprios militares e à sociedade que estes tem um compromisso com a Pátria, e que lutariam por ela até a morte se assim for preciso. Não estaria o militar dizendo que se sacrificaria em nome do País. Esse é o meu entendimento.
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Leonardo Missias

Creio que não. Porquanto, o individuo, como cidadão, possui deveres com o Estado, e não apenas direitos. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a área de extensão dos Direitos Fundamentais, isto é, estes não são absolutos, possuem limites pertinentes a sua aplicação. Não se deve cometer o engodo de interpretar os referidos direitos de forma ilimitada, pois deste modo permitiria que tais direitos fossem utilizados como verdadeiros escudos, como proteção para a prática de atos ilegais, ou para não cumprir obrigação imposta a todos, senão de forma alternativa, como é o caso do alistamento obrigatório. Mediante a interpretação ilimitada em relação aos direitos fundamentais, qualquer sujeito conseguiria se eximir de cumprir o seu dever com o Estado, alegando violação à sua vida devido o vernáculo utilizado pelo juramento militar.

Mediante a interpretação do juramento em questão (Defender o Brasil, nem que seja com o sacrifício da própria vida) é possível inferir que a frase em questão está referindo a um período de guerra, assim, o Estado que está nesta situação deve mudar completamente a sua forma de organização, incluindo a própria legislação. Por isso que, em tempo de guerra, o soltado que fugir da batalha é condenado a morte no Brasil, violando, teoricamente o direito à vida.

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