A cláusula de não restabelecimento está presente nos contratos de venda do estabelecimento empresarial (CC, arts. 1.142/1.149), de forma a proteger o comprador de concorrência feita pelo vendedor.
Justifica-se a cláusula porque o estabelecimento é vendido com sua freguesia e clientela. Imagine se o vendedor abrir um negócio similar e comece a cooptar a freguesia vendida. Não seria justo.
Veja o que diz nosso Código Civil:
"Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência".
Espero ter ajudado.
A cláusula de “não restabelecimento” ou também conhecida como “cláusula de não concorrência” é a vedação ao empresário alienante de se restabelecer, na mesma atividade e com os mesmo clientes, em concorrência com o empresário adquirente, e tem por finalidade coibir a deslealdade concorrencial. Essa cláusula é elaborada nos contratos de trespasse (contrato de alienação do estabelecimento empresarial).
Importante salientar que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) entende como abusiva a cláusula que determine o "não restabelecimento” por tempo indeterminado.
A cláusula de não restabelecimento, também denominada de cláusula de interdição da concorrência, constitui uma obrigação de não fazer assumida contratualmente pelo empresário alienante do estabelecimento que se compromete a não concorrer com o empresário adquirente. São fundamentos para a previsão legal da cláusula de não restabelecimento: o princípio da boa-fé na execução dos contratos (art. 422, CC 2002), o princípio da equidade e da concorrência leal.
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Direito Empresarial I
•UNIGRAN
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