A moratória no meu entendimento, é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário devido à dilação do prazo para o seu pagamento concedido pelo ente público que instituiu um determinado tributo de sua competência.
Consiste dizer que, contribuintes, de forma geral ou individual, preenchidos os requisitos do art. 153, CTN, terão suspensas as cobranças de tributos, por um período de tempo, contudo, os fatos geradores continuarão sendo lançados normalmente, mas não serão cobrados até que se cesse a concessão da moratória.
Por fim, cumpre informar, que a moratória não possui direito adquirido, para quem a requereu na forma individual, sendo revogado pela autoridade administrativa concedente, quando percebido o seu não cumprimento. E ainda, para este que descumpriu será aplicada a penalidade de multa nos casos de dolo, fraude ou simulação. Art. 155, I, CTN.
Moratória é a possibilidade para suspender o crédito tributário em sua exigibilidade, o que não dispensa o cumprimento, pelo sujeito passivo, das obrigações tributárias acessórias.
Daí se infere que o único veículo normativo para a permissão de moratória é a lei em sentido estrito, que por sua vez deve ser interpretada em consonância com a literalidade de seu próprio texto. Tais requisitos são exigidos pelo CTN em razão da importância da moratória como benefício fiscal, já que com ela, além de inexigível o crédito, não incidem juros de mora ou multas tributárias, em regra.
Ademais, a moratória pode ser concedida de forma geral ou individual. Quando é concedida de forma geral, a lei determina abstratamente que os sujeitos passivos sejam beneficiados por ela sem a exigência da comprovação de condições específicas. Assim, pode ser ela concedida pelo próprio ente titular da competência para instituir o tributo ou pela União em relação a outros entes, desde que ela conceda em relação aos tributos federais e às obrigações civis simultaneamente (art. 151, I).
Quando concedidas de forma individual, dependem de despacho da autoridade tributária, que é autorizada pela lei a conceder a moratória, caso sejam atendidas as condições legalmente estabelecidas (art. 151, II).
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