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Entender e explicar a Transição Nutricional no Brasil.

💡 3 Respostas

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Rosiane Carvalho

 A Transição Nutricional no Brasil é caracterizada por mudanças no padrão alimentar e de prática atividade física com conseqüência direta no estado nutricional da população.

A Transição Nutricional é influenciada por modificações facilmente notórias na nossa sociedade, tal como o aumento da participação feminina no mercado de trabalho, alterando o padrão de alimentação caseira e em família, observado há anos atrás; o excesso de trabalho e estresse, sobretudo das grandes cidades, onde dispõe-se de tempo limitado para as refeições, favorecendo a procura por alimentos rápidos (fast-foods); a indústria alimentícia que rapidamente se adaptou ao novo estilo de vida e disponibilizou uma enorme variedade de produtos congelados para o rápido preparo e consumo, como lanches, salgados, pizzas e lasanhas que podem ser preparados em menos de 15 minutos, cuja palatabilidade é aceitável.

Se considerarmos atividade física como sendo qualquer atividade que coloque o corpo em movimento, devemos admitir que a modernidade, o avanço tecnológico, exige cada vez menos que isso ocorra. São inúmeros os botões que apertamos diariamente para substituir as nossas tarefas. O botão da máquina de lavar roupa que substitui o exercício braçal de um tanque; o da máquina de secar roupa que substitui o exercício de estende-las em um varal; o da máquina de lavar louça que reduz a atividade de esfrega-la, o controle remoto da televisão, do DVD, do rádio, o notebook que pode ser apoiado sobre o colo, enquanto um indivíduo deitado checa seus e-mails e assiste à televisão; além das escadas rolantes e elevadores que poderiam ser exclusividade de deficientes físicos, porém estão sempre lotados de indivíduos sadios e preguiçosos.

Este quadro de queda da qualidade da alimentação, associada à redução na prática de atividade física justifica as prevalências atuais de excesso de peso.

Em relação à desnutrição, que se mantem em declínio no país, pode ser justificada talvez pelo conceito da Segurança Alimentar e Nutricional, que se refere à garantia universal a uma alimentação adequada quantitativamente e qualitativamente, supondo-se que seja justamente a qualidade que não esteja sendo garantida. A população de baixa renda e de regiões mais pobres têm acesso a alimentação de cesta básica, incluindo farináceos, açúcar, gordura, alimentos que em excesso provocam sobrepeso e não garantem aporte adequado de vitaminas, minerais, fibras.

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Andre Smaira

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Educação Nutricional.


De acordo com Batista Filho & Rissin (2003):

"Tendo como principal fonte de informações três estudos transversais realizados nas décadas de 70, 80 e 90, faz-se uma análise da transição nutricional do Brasil, referenciada no rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças e elevação, num ritmo mais acelerado, da prevalência de sobrepeso/obesidade em adultos. A correção dos déficits de estatura foi de 72% em crianças urbanas e de 54,4% no meio rural, enquanto a ocorrência de obesidade duplicou ou triplicou em homens e mulheres adultos nos extremos da série temporal analisada. Com exceção do Nordeste rural, a prevalência de desnutrição em mulheres adultas declinou para taxas aceitáveis (em torno de 5%) a partir de 1989. Inversamente, as anemias continuam com prevalências elevadas e indicações de tendências epidêmicas. Descreve-se a evolução do estado nutricional da população brasileira segundo macrorregiões e distribuição social, analisando-se os prováveis fatores das mudanças ocorridas."

BATISTA FILHO, Malaquias; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cadernos de saúde pública, v. 19, p. S181-S191, 2003.

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RD Resoluções

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Educação Nutricional.


De acordo com Batista Filho & Rissin (2003):

"Tendo como principal fonte de informações três estudos transversais realizados nas décadas de 70, 80 e 90, faz-se uma análise da transição nutricional do Brasil, referenciada no rápido declínio da prevalência de desnutrição em crianças e elevação, num ritmo mais acelerado, da prevalência de sobrepeso/obesidade em adultos. A correção dos déficits de estatura foi de 72% em crianças urbanas e de 54,4% no meio rural, enquanto a ocorrência de obesidade duplicou ou triplicou em homens e mulheres adultos nos extremos da série temporal analisada. Com exceção do Nordeste rural, a prevalência de desnutrição em mulheres adultas declinou para taxas aceitáveis (em torno de 5%) a partir de 1989. Inversamente, as anemias continuam com prevalências elevadas e indicações de tendências epidêmicas. Descreve-se a evolução do estado nutricional da população brasileira segundo macrorregiões e distribuição social, analisando-se os prováveis fatores das mudanças ocorridas."

BATISTA FILHO, Malaquias; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cadernos de saúde pública, v. 19, p. S181-S191, 2003.

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