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Qual a diferença entre dolo direito, dolo eventual, culpa consciente e culpa inconsciente ?

Ogahahhav

💡 6 Respostas

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Fellype Ribeiro

- dolo direto- é o dolo comum. Sendo que existe o dolo direito de 1º grau e o de 2º grau:

Dolo de primeiro grau- vítima principal

Dolo de segundo grau- é o dolo de efeitos colaterais, com seqüências necessárias

- culpa inconsciente- o agente não prevê o que lhe era perfeitamente previsível

- culpa consciente- o agente prevê a ocorrência do resultado e continua acreditando SINCERAMENTE que o resultado não irá ocorrer. = LASCOU

- dolo eventual- o agente prevê a ocorrência do resultado e ASSUME O RISCO de produzir o resultado, não se importando se o resultado acontecerá ou não. = LASQUE-SE

Culpa consciente X dolo eventual- a diferença está no resultado, na culpa consciente => importante, no dolo eventual => indiferença

Entendimento do STJ e do STF é que morte resultante de racha é dolo eventual (por critério de política criminal)

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Victor Ronaldo

DOLO DIRETO E DOLO EVENTUAL:

A) DOLO DIRETO: O dolo direto é quando o agente delituoso quis o resultado.

Exemplo: Tício com animus necandi de matar Mévio efetua três disparos de pistola calibre 380 vindo Mévio a óbito. No exemplo exposto, Tício ( agente delituoso), quis o resultado, ele estava com animus necandi ( intenção) de matar Mévio. Portanto, seu dolo foi direto.

Exemplo: Carlos com intenção homicida efetua 4 disparos de revólver contra seu maior inimigo Joca, vindo este logo em seguida a óbito em razão dos disparos. No exemplo exposto, Carlos ( agente delituoso) teve a intenção de matar Joca, portanto, seu dolo foi DIRETO.

DOLO EVENTUAL: O agente delituoso não quis o resultado, porém assumi o risco de produzir. Pouco se importa com o resultado.

Exemplo: Fábio ao sair de uma festa, altamente alcolizado , dirige em alta velocidade, e de forma a vir a bater em dois transeuntes, os quais não resistiram e morreram. No exemplo exposto, Fábio não quis matar ninguém, porém a partir do ínterim que sai de uma festa, e vai dirigir um automóvel embreagado atrelado ao excesso de velocidade, ele está assumindo o risco de produzir o resultado, pelo fato de estar sob efeito de substância alcólica , atrelado a alta velocidade empreendida pode bater em alguém e causar a morte.

Exemplo: Gustavo ao trafegar pela BR-232 empreende alta velocidade atrelado a embriaguez, quando de repente passa uma pessoa e ele a atinge vindo a lesioná-la gravemente e por conseguinte vem a óbito. Nesse caso, Gustavo dirigiu em alta velocidade, porém não quis matar ninguém, mas a partir do momento que dirige embriagado atrelado a alta velocidade, assuir o risco sobre qualquer resultado lesivo que venha a produzir.

CULPA CONSCIENTE ( CULPA PRÓPRIA): Na culpa consciente há previsibilidade pelo agente delituoso do resultado, porém acredita sinceramente que pela sua habilidade este não venha a ocorrer. Portanto, na culpa consciente o indivíduo se importa com o resultado.

Exemplo: ( OAB/FGV-XII EXAME DE ORDEM ) Wilson, competente professor de uma autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar. No banco do carona  está sua noiva Ivana. No meio do percurso , Wilson e Ivana começam a discutir: a moça reclama da alta velocidade empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson , dizendo que , se ele continuasse naquela velocidade , poderia facilmente perder o controle do veículo e atropelar alguém.  Wilson, por sua vez, responde que Ivana deveria deixar de ser medrosa e que anda aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a dirigir, ninguém poderia ser mais competente do que ele na condução de um veículo. Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por conta dos ventos do litoral , o carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o atropelamento de uma pessoa que passava pelo local.  A vítima do atropelamento falece instantaneamente . Wilson e Ivana sofrem pequenas escoriações. Cumpre destacar que a perícia feita no local constatou excesso de velocidade.

OBS: No caso exposto, havia previsibilidade do resultado por parte de Wilson, porém por sua habilidade, visto ser professor de autoescola acreditava que o resultado não viria a ser produzido. Portanto, um caso de CULPA CONSCIENTE OU CULPA PRÓPRIA.

CULPA CONSCIENTE E DOLO EVENTUAL: NA CULPA CONSCIENTE O AGENTE PREVE O RESULTADO, PORÉM ACREDITA SINCERAMENTE QUE ESTE NÃO VENHA A OCORRER POR SUA HABILIDADE, NA CULPA CONSCIENTE ELE PREVE E SE IMPORTA COM O RESULTADO, ENQUANTO NO DOLO EVENTUAL O AGENTE PREVE , PORÉM POUCO SE IMPORTA COM O RESULTADO.

CULPA INCONSCIENTE OU CULPA IMPRÓPRIA: O agente não prevê o resultado, porém o resultado é previsível. Portanto, embora não haja a previsibilidade do resultado pelo agente, não obstante, esse é PREVISÍVEL!!!!

Amigos(as) aconselho estudarem essa parte do elemento subjetivo DOLO, pelo livro Curso de Direito Penal do autor Rogério Greco. Aliás, estudem parte geral, principalmente Teoria do Crime por Rogério Greco e Teoria da Pena por Cezar Roberto Bittencourt.

BONS ESTUDOS!

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Suênio Walttemberg

dolo direto - eu faço acontecer

dolo eventual - é provável, mas não me importo se vai acontecer

culpa consciente - é provável, mas eu acredito que não vai acontecer

culpa inconsciente - é provável, eu deveria ter previsto, mas não previ, e aconteceu

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