Quais são as diligências cabíveis em um Inquérito Policial?

O próprio Código de Processo Penal estabelece um rol exemplificativo de diligências a serem realizadas no Inquérito Policial. Tais diligências estão contidas no art. 6 e seus incisos, como por exemplo: Dirigir-se ao local; apreender objetos que tiverem relação com o fato; colher provas; ouvir o ofendido, indiciado e demais envolvidos nos fatos; determinar, se for o caso a realização de perícias; e, uma diligência incluída recentemente, a colheita de informações sobre a existência de filhos, idades e se possuem alguma deficiência, bem como averiguar o nome de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, dentre outras.

Vale ressaltar, que as diligências a serem realizadas no inquérito serão feitas de maneira discricionária pelo Delegado de Polícia. Ou seja, não há uma ordem obrigatória de diligências pré-determinadas, como os atos de um processo penal, essas serão realizadas de acordo com a discricionariedade da Autoridade Policial, da maneira mais eficiente para colheita de elementos de autoria e materialidade delitivas.

Especificamente quanto à reprodução simulada dos fatos, trata-se de diligência a ser dirigida pelo Delegado de Polícia, para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo. Essa só é possível desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Por fim, cumpre ressaltar que recente inovação legislativa possibilitou uma nova série de diligências pelo Delegado de Polícia e Membro do Ministério Público nos crimes de sequestro e cárcere privado, tráfico de pessoas, extorsão mediante sequestro, dentre outros, possibilitando que mencionadas autoridades requisitem diretamente informações cadastrais das vítimas ou de suspeitos de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas privadas, além de outras medidas específicas a serem tomadas para investigação nesses delitos.